domingo, 4 de dezembro de 2011

Adeus, Sócrates, campeão BRASILEIRO

Hoje é dia de chorar. De tristeza pela morte do Doutor. Mas de alegria pelo título de penta campeão brasileiro.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Neymala é marajá


Essa foto da primeira página da Folha de São Paulo de hoje mostra a vida boa que o garoto Neymala está levando por conta da idolatria da imprensa esportiva brasileira que o transformou, na minha opinião precocemente, num gênio da bola, no novo Pelé. Tudo bem que o menino marrento é bom de bola. Tem jogado muito e feito gols em cima de gols. Mas daí a dizer que ele é o novo Pelé, o exagero é evidente. Ainda acho muito cedo pra cravar esse palpite. Já tentaram fazer o mesmo com Robinho, com Diego, com Keirrison, o do drible da foca, lembram?, e até mesmo com Denilson. Todos eles, hoje, depois de passagens pelo futebol europeu, amargam a triste realidade de jogadores normais, talvez acima da média, mas nada que os comparem, como já foram comparados quando surgiram, com o novo Pelé. Neymar é um desses casos. Ainda precisa comer muito feijão com arroz e jogar muita bola com regularidade por várias temporadas até chegar perto de ser comparado com Pelé, com Maradona, com Messi. Por enquanto, é só torcida e exagero ufanista da nossa imprensa esportiva.
Mas a foto da primeira página da Folha revela outra distorção do futebol brasileiro. Neymala, um menino, em pleno dia de semana, exibindo-se num iate em Santos ao lado de belas e arteiras garotas, em busca de fama, barriga e, é claro, robustas pensões alimentícias. O Santos anunciou ontem que vai manter Neymala no time e no Brasil até a Copa de 2014 e que seu salário deve chegar aos R$ 2 milhões mensais. Outro evidente e perigoso exagero. Um menino de apenas 19 anos, por melhor que seja em sua atividade, ganhar esse salário não pode fazer bem para sua cabeça. Esse rapaz já mostrou que tem uma cabecinha de vento. Com esse dinheirão todo, sem ter que se preocupar com o futuro, o garoto marrento vai ficar mais marrento ainda e, certamente, será um poço de problemas.
Não sou daqueles que se entusiasmam com isso.
Tenho uma suspeita de que tudo isso não vai acabar bem. Exceto pra conta bancária do Neymala e de sua família.




segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Não se fazem mais locutores esportivos como antigamente

Ontem, sabe-se lá por quê, o sinal dos canais pay per view da Net caiu no fim do primeiro tempo do jogo do Corinthians contra o América-MG, o que me obrigou, desesperado, a ouvir todo o segundo tempo pelo rádio. Quer dizer, a tentar ouvir. É inacreditável a má qualidade das locuções esportivas de hoje em dia. Primeiro, fui para a CBN São Paulo, onde Deva Pascovicci falava de tudo, menos do jogo. Irritado, mudei para a Bandeirantes SP e foi a mesma decepção. José Silvério, que até é um locutor das antigas, tinha a mesma toada. Falava de tudo, conversava, fazia um merchan atrás do outro e o jogo mesmo que é bom nada. Ou quase nada. Parecia que a bola não estava rolando. Inacreditável. Não sabia que a qualidade das transmissões esportivas no rádio brasileiro estava tão ruim assim, tão lotada de merchans e comerciais, de falações absurdas, bobas e equivocadas. Senti saudades dos bons tempos de Fiori Giglioti e do inesquecível Osmar Santos. Do abrem-se as cortinas e começa o espetáculo ou do pimba na gorduchinha, ripa na chulipa. Com eles, o jogo tinha vida e não parava nunca. Bons tempos, aqueles....

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Polícia é polícia.......

Os jornais de hoje destacam as mudanças na cúpula da Polícia Civil, com a nomeação de um novo Diretor-Geral, o delegado Onofre de Moraes e a mudança de vários diretores e delegados da estrutura da Polícia Civil. Chama a atenção o fato dessas mudanças terem sido feitas dias depois do vazamento de um áudio de uma conversa entre o então diretor da Anvisa, Agnelo Queiroz, e o policial João Dias, que denunciou as irregularidades cometidas no Programa Segundo Tempo, quando o hoje governador do DF era ministro, e causou a queda do seu sucessor naquele órgão, Orlando Silva. O áudio que veio à tôna não diz nada, absolutamente nada sobre as denúncias e é totalmente inofensivo para o governador Agnelo. Se as mudanças na cúpula da Polícia Civil foram uma retaliação à esse vazamento, não passa de uma bobagem.
Na verdade o que deve se discutir nesse episódio é outra coisa. O que está em questão é a hierarquia, a disciplina e o comando nas polícias. Polícia sem hierarquia e sem comando não é polícia, é bando armado. Além disso, a politização das polícias no DF é uma tendência preocupante. Vários delegados, agentes, oficiais entraram para a política, foram candidatos a deputado, alguns elegeram-se, outros não. Até aí, tudo  bem. É direito de qualquer cidadão brasileiro, votar e ser votado. O que não pode acontecer é as forças de segurança virarem moeda de troca no xadrez político brasiliense, é parlamentares policiais acharem que mandam nas corporações mais do que seus comandantes, estimularem o loteamento político dos cargos de direção das polícias ou, pior e mais grave ainda, usar as corporações a serviço desse ou daquele grupo político, para o bem, ou para o mal. Coisa, aliás, que tem acontecido com frequência em Brasília há muitos anos e vários governos.
Isso precisa acabar. Polícia é polícia e ponto final. Em qualquer governo, de qualquer partido.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Faltaram duas coisas....

Meu amigo Hélio Doyle disse em seu blog que o ex-presidente Lula, até junho de 2014, vai vencer o câncer, emplacar o ministro Fernando Haddad como candidato do PT à prefeitura de São Paulo, participar da campanha eleitoral em 2012 e assistir ao jogo de abertura da Copa no estádio do Corinthians.
Amigo, faltaram duas coisas importantes que Lula vai fazer, uma, ainda este ano, e que vai acontecer daqui há 6 semanas: comemorar o título de penta campeão brasileiro conquistado pelo Corinthians. Outra, em fevereiro do ano que vem: desfilar na Gaviões da Fiel no Carnaval de São Paulo, que tem o tema-enredo "Verás que o filho fiel não foge à luta - Lula, o retrato de uma Nação".

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

ARUC Informa: Velha Guarda da Portela na ARUC

ARUC Informa: Velha Guarda da Portela na ARUC: Vídeo postado no blog Compositores da Portela com o final da apresentação da Velha Guarda da Portela na festa dos 50 anos da ARUC. O víde...

E a vida continua.....

Pedindo desculpas aos leitores desse blog, se é que eles existem, retomo as atividades, depois de alguns dias de ausência, provocada pelo acúmulo de tarefas ligadas à festa dos 50 anos da ARUC e por uma gripe fortíssima, que me derrubou por três dias.
Não posso deixar de falar da festa dos 50 anos da ARUC. Foi emocionante. Primeiro, uma sessão solene da Câmara Legislativa, realizada na quadra da escola, em homenagem aos seus 50 anos, em mais um reconhecimento oficial do papel da ARUC na vida cultural, esportiva e comunitária da cidade. Depois, um showzaço com Dorina, que encantou a todos, Marquinhos Diniz, Monarco e a Velha Guarda da Portela, com a quadra lotada, num clima de muita alegria, animação e encantamento. Foi uma noite histórica. No dia seguinte, uma feijoada na quadra reuniu várias gerações de cruzeirenses, totalmente emocionados com a grandeza das comemorações do cinquentenário. E para complementar a festa foram arrecadados 866 quilos de alimentos não perecíveis doados para o Lar dos Velhinhos Maria Madalena, no Núcleo Bandeirante. Enfim, a ARUC continua fazendo a sua parte e espera que o governo faça a dele, regularizando a área ocupada pela ARUC e tratando o Carnaval com a seriedade que essa festa merece e exige.
Na política, mais um ministro deixa o governo Dilma abatido por denúncias de corrupção. Denúncias, aliás, que começaram na gestão do então governador do DF, Agnelo Queiroz. O ministro, a exemplo dos outros, demorou para sair, fazendo o governo sangrar desnecessariamente sob a sanha gulosa da mídia conservadora que, aliás, não pára. Agora tenta desesperadamente atingir o sucessor, deputado Aldo Rebelo, homem sério, íntegro, competente, habilidoso e destemido. A questão aqui, como bem diz o meu amigo Hélio Doyle em seu blog, não é jurídica. É política. Orlando Silva, negro, jovem, comunista, deveria ter saido antes para poupar o governo e se defender das acusações fora do cargo.
Outro fato que chama atenção nesse episódio é o acusador. Um policial de ficha sujíssima. Quase um bandido. Mas para a mídia, isso pouco importa. O que importa é sangrar o governo.
As denúncias devem ser apuradas e se não forem provadas, o acusador deve ser rigorosamente punido. E deixem Aldo Rebelo trabalhar. Ele vai por ordem naquele galinheiro.
No futebol, o sobe e desce continua. Hoje o líder é o Vasco, domingo pode não ser mais. O Corinthians tem uma tabela teoricamente mais fácil que a de seus adversários pelo título e, se não bobear, como costuma fazer  nessas horas, tem tudo para faturar o penta do Brasileirão. Eu acredito!
No Carnaval, escolhidos os sambas-enredo das escolas do Rio de Janeiro, a Portela sai na frente com um samba de Wanderley Monteiro, Luiz Carlos Máximo, Toninho Nascimento e Naldo que tem tudo para explodir na avenida, conquistar o Estandarte de Ouro e levar a azul e branco de Madureira ao tão sonhado título de campeã do Carnaval carioca. A conferir.
E, no mais, vida que segue....

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Pobre televisão brasileira


A polêmica envolvendo Rafinha Bastos, do CQC, traz à tona uma discussão muito mais profunda do que a simples constatação de que esse cidadão é um idiota. É evidente que a sua piada - se é que podemos chamar aquilo de piada - foi um uma grosseria sem tamanho e de um mau gosto de tamanho ainda maior. Como é evidente, também, que esse cidadão passou de todos os limites do bom senso há muito tempo, talvez turbinado pela fama fácil que o levou até a ser considerado o twitteiro mais influente do mundo. Afinal, o que é Rafinha Bastos? Jornalista? Não. Humorista? Não? Artista? Não. Rafinha Bastos não é nada. É apenas um cara de sorte que soube surfar na popularidade de um programa diferente, que começa bem feito e chamando a atenção, mas que, hoje, dois anos depois, patina na mesmice, na baixaria, na falta de senso.
Mas, na verdade, a polêmica é maior do que Rafinha Bastos. A polêmica envolve a  baixa qualidade da grande maioria dos programas da TV brasileira, a começar pelos da líder de audiência, a poderosa Venus Platinada do Jardim Botânico. Alguém em sã consciência pode achar, por exemplo, que Hiper Tensão, é um bom programa? Expor jovens sarados, atléticos e afoitos a comer bichos nojentos, estimular intrigas e outras bobeiras é uma coisa positiva? Será que as piadas ultrapassadas e as videocassetadas do Faustão melhoram a cultura do nosso povo?
É evidente que não.
A Globo, quando quer, faz coisas de altíssima qualidade técnica e cultural, como algumas novelas e mini-séries. Mas são raridade. Na maior parte do tempo, o que domina a grade global são programas de baixíssimo nível e um desfile de artistas sertanejos e baianos, igualmente de duvidosa qualidade que, por conta a visibilidade global, viram milionários.
Por quê a Globo não abre espaço para músicos e cantores de qualidade? Para sambistas novos e veteranos de qualidade? Com as raras exceções de Zeca Pagodinho e Arlindo Cruz, que cairam nas graças globais?
Enfim, esse episódio grotesto envolvendo o não menos grotesto Rafinha Bastos deveria servir de exemplo para uma grande campanha em defesa da melhoria da qualidade cultural da televisão brasileira.
Quanto a Rafinha Bastos, já vai tarde. Figurinha medíocre, grosseira, ridícula e lamentável!

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Governo quer proibir comercial com Gisele Bundchen

A Secretaria de Políticas para  Mulheres do governo Dilma quer proibir um comercial de lingerie, estrelado pela modelo Gisele Bundchen, alegando que a peça publicitária é sexista e reforça o estereótipo da mulher como objeto sexual de seu marido. Só porque o comercial mostra a modelo dando uma notícia ao marido em duas situações - uma vestida normalmente, outra vestida apenas de calcinha e soutien, com voz sensual. O comercial até pode enfatizar a sensualidade de Gisele Bundchen, mas daí a ser um desrespeito às mulheres, é um evidente exagero. Ou mau humor.

Será que o governo não tem coisa mais importante para se preocupar? Que tal, a roubalheira do Ministério do Turismo? Ou quem sabe, a menina que ficou presa com homens no Pará?

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Salve Cosme e Damião! Omi Beijada!

Hoje é dia de São Cosme e São Damião, os santos gêmeos, sincretizados nas religiões afro-brasileiras com o orixá Ibeji, o Orixá-Criança, em realidade, duas divindades gêmeas infantis, ligadas a todos os orixás e seres humanos.
Por serem gêmeos, são associados ao princípio da dualidade; por serem crianças, são ligados a tudo que se inicia e nasce: a nascente de um rio, o nascimento dos seres humanos, o germinar das plantas, etc. É a divindade da brincadeira, da alegria; a sua regência está ligada à infância.
Ibeji está presente em todos os rituais do Candomblé pois, assim como Exú, se não for bem cuidado pode atrapalhar os trabalhos com as suas brincadeiras infantis, desvirtuando a concentração dos membros de uma Casa de Santo. É o Orixá que rege a alegria, a inocência, a ingenuidade da criança. A sua determinação é tomar conta do bebê até à adolescência, independentemente do Orixá que a criança carrega.
Ibeji é tudo o que existe de bom, belo e puro; uma criança pode-nos mostrar o seu sorriso, a sua alegria, a sua felicidade, o seu falar, os seus olhos brilhantes. Na natureza, a beleza do canto dos pássaros, nas evoluções durante o voo das aves, na beleza e perfume das flores.
A criança que temos dentro de nós, as recordações da infância. Feche os olhos e lembre-se de um momento feliz, de uma travessura, e você estará a viver ou revivendo uma lenda deste Orixá. Pois tudo aquilo de bom que nos aconteceu na nossa infância, foi regido, gerado e administrado por Ibeji. Portanto, Ibeji já viveu todas as felicidades e travessuras que todos nós, seres humanos, vivemos.
A lenda e a história de Ibeji, acontece a cada momento feliz de uma criança. Ao menos para manter vivo este importante Orixá, procure dar felicidade a uma criança. Faça você mesmo o encantamento de Ibeji. É fácil: faça gerar dentro de si a felicidade de estar vivo. Transmita esta felicidade, contagie o seu próximo com ela. Encante Ibeji com a magia do sorriso, com o amor de uma criança. E seja Ibeji, feliz!

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Vai em paz, Alencar!

Ao som de Vibrações, de Jacob do Bandolim, Naquele Tempo, de Pixinguinha e Pedacinho do Céu, de Waldir Azevedo, emocionadamente executadas por seus ex-alunos, comandados por Rogerinho, o grande Alencar Sete Cordas embarcou hoje de manhã para sua última viagem rumo ao órun. Foi uma despedida emocionada e emocionante, seja no depoimento de amigos e ex-alunos, seja na emoção de todos os que foram se despedir do mestre, do amigo, do homem, do músico que muita falta nos fará. Brasília está mais triste sem Alencar Sete Cordas, já o céu está uma festa só. Boa viagem, amigo, Nós ficamos aqui honrando a sua memória e tentando aplicar no dia a dia um pouco das suas lições de vida. Axé!

Uma história de amor em azul e branco

Uma história de amor em azul e branco

domingo, 11 de setembro de 2011

Força, Doutor!



A revista Época dessa semana publica uma excelente matéria de capa sobre a luta do Doutor Sócrates pela vida. Felizmente, é uma matéria séria, que mostra não só a dignidade de Sócrates Brasileiro Sampaio de Souza Vieira de Oliveira, mas também faz um alerta importante sobre a chaga do alcoolismo, que infelicita a vida de milhares de brasileiros e suas famílias.
Muito já se falou do Sócrates atleta, ídolo da Fiel, dono da magia do calcanhar, e do Sócrates político, artífice da Democracia Corinthiana, movimento que ousou em plena ditadura militar desafiar as estruturas arcaicas do futebol brasileiro, militante das Diretas Já, amigo e admirador de Cuba a ponto de batizar seu filho mais novo com o nome de Fidel Brasileiro, lutador incansável contra os cartolas e as suas maracutaias.
Mas pouco se falou do homem Sócrates. Agora,  a sua luta contra a doença, permite que venha à tôna a imagem do homem forte, solidário, amigo e combatente. Combatente pela vida.
Vida que me deu a oportunidade, pela mãos do amigo comum Jorge Ferreira, de privar um pouco da intimidade e da companhia do Magrão. Juntos, andamos pelas noites de Brasília, fizemos uma histórica entrevista para a revista do Feitiço Mineiro, jogamos muita conversa fora sobre futebol, sobre o Corinthians, nossa paixão comum, sobre a política, sobre a vida. Ele, sempre com seu copo de cerveja ao lado. Eu, com meu refrigerante e minha água mineral. Juntos, arquitetamos o sonho de vê-lo dirigindo a seleção cubana de futebol nas eliminatórias da Copa de 2010, na África do Sul, tentando classifiicar os cubanos para a primeira Copa na África. Sonho que não foi adiante naquela oportunidade, barrado pela burocracia da diplomacia cubana, e que começou a ser revivido, meses atrás, tentando emplacar o mesmo projeto para a Copa de 2014 no Brasil. Sonho agora, barrado no nascedouro pela doença do Magrão.
Mas sonhos são eternos. E o sonho de ver Magrão vitorioso vale mais do que qualquer outro.
Na última vez que nos encontramos pessoalmente, meses atrás, em São Paulo, na Choperia São Jorge, na festa em homenagem ao título de cidadão paulistano concedido ao nosso amigo comum José Trajano, Magrão estava bem. Bebeu suco e água mineral. Me deu um abraço e sorriu com aquele largo e contagiante sorriso dos combatentes.
Eu, como ele, sou vítima do alcoolismo. E estou há 9 anos estou em completa abstinência. Aprendi que é possível viver sem álcool. Que posso fazer tudo que sempre fiz, até melhor. Só não posso beber. E até agora tem dado certo.
Torço para o Magrão vencer mais essa batalha para que juntos, possamos brindar sua vitória com um saboroso copo alto de Perrier - uma deliciosa água mineral com gás francesa, a quem recorro para ocasiões especiais, com muito gelo e limão, e celebrar uma nova vida.
Magrão, o primeiro passo você já deu. Conte comigo para, juntos, darmos os outros onze passos que nos levarão à uma nova vida.
Renascer é coisa para poucos. Você é um deles.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

E esse marginal não vai ser punido?

Vejam o momento exato da covarde agressão do zagueiro Gustavo do Flamengo no atacante Liedson do Timão. O juiz e os assistentes não viram, mas o Brasil todo viu. E agora, STJD? Vai ficar por isso mesmo?

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

ARUC no Desfile de 7 de Setembro

Veja aqui como foi o desfile da ARUC no 7 de Setembro, na Esplanada dos Ministérios, em transmissão ao vivo da NBR para todo o Brasil.

domingo, 4 de setembro de 2011

ARUC vai participar do desfile oficial de 7 de Setembro

Mais uma vez, a ARUC segue os passos da sua madrinha Portela e entra para a história do samba. Em 1959, sob a liderança de Natal, a Portela foi a primeira escola de samba a se apresentar no Palácio do Itamaraty, numa festa para a Duquesa de Kent, da família real britânica. Esse episódio foi imortalizado por Cartola, no samba Tempos Idos - "Conseguiu penetrar o Municipal, depois de atravessar todo universo, com a mesma roupagem que saiu daqui, exibiu-se para a duquesa de Kent no Itamaraty". E, em 2004, a Portela foi a primeira escola de samba a receber em sua quadra a visita de um Presidente da República, no exercício do mandato - o presidente Lula. Agora, 52 anos depois, é a vez da ARUC fazer história. A escola de samba do Cruzeiro, declarada Patrimônio Cultural Imaterial do DF, em 2009, 31 vezes campeã do Carnaval e que este ano completa 50 anos de vida, foi convidada pela Presidência da República e pelo GDF para encerrar a parte civil do Desfile Oficial de 7 de Setembro, na Esplanada dos Ministérios, representando o samba brasileiro. Será a primeira vez na história que uma escola de samba se apresenta no desfile oficial de 7 de Setembro. Uma homenagem aos 50 anos de vida da maior e melhor escola de samba de Brasília.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

É a economia, idiota!

Realmente fica cada vez mais difícil entender o comportamento da grande imprensa, especialmente de alguns colunistas carimbados, como Miriam Leitão e Carlos Alberto Sardenberg, de O Globo. Historicamente todo mundo sempre defendeu a queda das taxas de juro no Brasil. Sempre que o Copom aumentava a Selic era aquela chiadeira, a começar pela Fiesp. Os jornalistas especializados, então, batiam pesado. Esta semana, no entanto, o Copom baixou a taxa Selic em 0,50 pontos percentuais e, pasmem, a imprensa caiu de pau. Não só a imprensa, mas também os tais analistas de mercado e de consultorias econômicas. Como não podem criticar a queda dos juros, coisa que 11 entre 10 brasileiros deseja, os coleguinhas partiram para uma saída política, dizendo que a decisão do Copom representava o fim da independência do Banco Central. Só porque, dias antes, a presidenta Dilma deu uma declaração dizendo que as taxas de juros precisam começar a cair. O Copom, dentro dos seus critérios técnicos, e contrariando todas as expectativas dos colunistas de economia e dos analistas das consultorias privadas, baixou os juros. Foi um Deus no acuda. Paulada pra todo lado, começando por Miriam Leitão, a dama de ferro da tucanagem, e por Sardenberg, outro grão-duque tucano. Na verdade, a raiva deles tem uma explicação. Baixando os juros, o Copom tirou mais uma bandeira da oposição que, aliás, foi obrigada a elogiar a decisão. Já os colunistas de  economia, contrariados,espernearam, decretando que a decisão era o fim da independência do Banco Central.
Que bobagem! Baixar os juros não tem nada a ver com a independência do Banco Central, nem com interferência política do governo. O Copom age com base em análises econômicas que nem sempre são as mesmas dos especuladores, do mercado e dos colunistas econômicos.
Como já disse Bill Clinton, "é a economia, idiota".

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Um domingo de emoção em Oswaldo Cruz

Emoção em Oswaldo Cruz: Mauro Diniz, Waldir 59 e Monarco
Na Praça Paulo da Portela, na frente do busto de Paulo
Ontem tive um domingo emocionante no subúrbio carioca de Oswaldo Cruz, berço do samba e da Portela. Convidado por Marquinhos de Oswaldo Cruz participei da festa dos 78 anos do Mestre Monarco, da Velha Guarda da Portela, realizada na Portelinha e na Praça Paulo da Portela. Foi um prazer para um portelense como eu, passar algumas horas ali naquela terra sagrada do samba brasileiro, sob a proteção do busto de Paulo da Portela, ao lado de nomes queridos como Monarco, Mauro Diniz, Marquinhos Diniz, Marquinhos de Oswaldo Cruz, Tia Surica e a Velha Guarda da Portela. Tive, ainda, o inesperado prazer de reencontrar meu velho amigo Dácio Malta, com quem trabalhei na sucursal da Veja em Brasília, na década de 80. Mas emocionante mesmo foi ouvir Waldir 59, um dos bambas portelenses, cantar de mãos dadas com Monarco e sob o olhar atento de Mauro Diniz, alguns dos seus antológicos sambas-enredo campeões. Sai de Oswaldo Cruz revigorado e muito satisfeito por ter o privilégio de ser portelense e de poder conviver de perto com alguns desses monstros sagrados da Majestade do Samba.
Neide Santana, filha de Chico Santana, Marquinhos de Oswaldo Cruz, Nilo Figueiredo, presidente da Portela, e eu

sábado, 27 de agosto de 2011

O renascimento do Doutor Sócrates


Hoje é um dia especial para todos os brasileiros, que amam futebol, democracia, liberdade e coerência, e especialmente para os corinthianos. O genial Doutor Sócrates teve alta do Hospital e volta para casa para iniciar uma nova vida. O primeiro passo ele já deu - saber que não pode mais beber. Os outros, dará naturalmente com a força que sempre teve. Eu sou alcoólico e estou em abstinência há 9 anos. Faço tudo que sempre fiz, e melhor. Apenas não bebo nenhuma bebida alcoólica. Álcool zero. Há 9 anos. E posso garantir que a vida é muito melhor assim. Tenho certeza que nosso querido Magrão vai renascer com força, coragem e determinação. Ele é muito importante para o Brasil e, como ele mesmo declarou, ainda vai encher o saco dos poderosos por muito tempo. Como dizia o poeta Torquato Neto, vai, Sócrates, vai desafinar o coro dos contentes. Estamos juntos com você em mais essa batalha.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Os queridinhos da mídia

Vira e mexe aparecem nos jornais e em alguns sites especializados listas elegendo os melhores deputados e senadores. Quem acompanha de perto o trabalho do Congresso Nacional, sem nenhum viés ou ranço ideologico, partidário ou midiático, percebe logo que essas listas não refletem a realidade do dia a dia do Congresso Nacional. Elas são feitas a partir de votos de jornalistas que cobrem as atividades do Legislativo e, normalmente, refletem muito mais uma opinião absolutamente  subjetiva dos jornalistas do que o trabalho concreto e objetivo de cada parlamentar. Existem certos parlamentares que são queridinhos da mídia e sempre estarão nessas listas mesmo que não tenham feito nada para isso. Outros, simplesmente são desconhecidos pelos jornalistas, seja pela discrição com que se comportam, seja pela absoluta ausência de mesuras e bajulações aos coleguinhas. Um político que não corteja o jornalista, que não lhe rende homenagens frequentes, que não o elogia ou enaltece, dificilmente estará nessas listas. O trabalho de um parlamentar vai muito além de cortejar a mídia e de ter atuações midiáticas. Envolve produção legislativa - apresentação de projetos e pareceres, frequência, capacidade de articulação política, poder de liderança e formação de opinião, entre outros aspectos. E os jornalistas não acompanham a rotina do Parlamento tão a fundo a ponto de saber quais parlamentares são mais produtivos que outros. Eles acompanham apenas a parte visível e aparente da atividade parlamentar. Ou seja, a parte midiática - o jogo de cena, o discurso para a platéia (leia-se aqui, mídia), a pirotecnia. Uma análise profunda e isenta do trabalho dos nomes que frequentam essas listas vai mostrar que muitos deles não mereciam estar ali. Ou, pelo menos, outros também mereciam figurar nessas listas que são verdadeiras ações entre amigos jornalistas.
Seria  mais útil e honesto, se em vez de listas dos melhores, fizessem uma lista dos piores. Esses sim fáceis de serem avaliados.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Dominó da Dilma

Jobim, falou demais; Palocci, ganhou demais; Rossi, voou demais; Nascimento, cobrou demais
O dominó da Dilma continua a pleno vapor. Primeiro foi o todo-poderoso Palocci, que não soube explicar seu milagroso enriquecimento; depois Alfredo Nascimento, que também não conseguiu explicar o igualmente milagroso enriquecimento de seu filho; em seguida, o boquirroto Nelson Jobim, que se acha o último biscoito do pacote, não soube segurar a língua venenosa; e agora Wagner Rossi, não soube explicar caronas em aviões de empresas com negócios no Ministério da Agricultura entre outras cositas mas. A próxima pedra a cair é, como se diz na giría turfistica, Pule de 10: Pedro Novais, um verdadeiro guia turístico da maracutaia. A sequência das quedas é até engraçada: o chefão, o motorista, o delegado, o fazendeiro e, quem sabe, o turista.
Tá feia a coisa!

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Parabéns, mestre Monarco! Axé, mestre Candeia!


Hoje é um dia de festa para o samba brasileiro. Há 78 anos, nascia no subúrbio de Cavalcante, no Rio de Janeiro, Hildemar Diniz, o grande Mestre Monarco, da Velha Guarda da Portela. Legítimo herdeiro e sucessor de Paulo da Portela, autor de inúmeras obras-primas gravadas pelos grandes nomes do samba brasileiro, pai de Mauro e Marquinhos Diniz e avô de Juliana Diniz, Monarco é, pra mim, o maior sambista brasileiro vivo. Para nós, portelenses, Monarco é motivo de orgulho e referência maior do grande celeiro de bambas de Oswaldo Cruz e Madureira. Em breve deve chegar às lojas o primeiro DVD de Monarco, registrando suas obras-primas, cantadas por todos os terreiros de samba desse imenso Brasil. Parabéns, Monarco. Que os orixás te abençoem e protejam sempre.Axé!
Hoje também, se vivo fosse, outro grande sambista portelense estaria fazendo 76 anos de idade. Antonio Candeia Filho, nascido em Oswaldo Cruz, em 17 de agosto de 1935. Realmente, esse é um dia abençoado que deu ao mundo esses dois gênios do samba brasileiro. Nascidos no mesmo dia, parceiros e apaixonados pela mesma paixão, a Portela, Monarco e Candeia são mestres que estarão para sempre na memória de nossa gente.
Parabéns, Monarco. Axé, Candeia! Viva o samba, viva a Portela!






Coisa de corinthiano

Tem coisas que só o corinthiano é capaz de fazer. Agora, um corinthiano de boa cepa, criou o blog Itaquerão ao Vivo que mostra em tempo real o andamento das obras de construção do Estádio do Corinthians, em Itaquera, que será palco do jogo de abertura da Copa do Mundo de 2014.
A ideia de acompanhar e de transmitir pela internet os trabalhos das máquinas e operários é de um estudante de apenas 14 anos. Pedro Lima Salomão mora em um sobrado localizado em um morro em Itaquera, no extremo da Zona Leste de São Paulo, que fica de frente para o imenso terreno onde antes ficava um centro de treinamento do Corinthians e que agora recebe as obras de construção do tão sonhado estádio do alvinegro.
A ideia faz do Corinthians o único time do mundo que tem um Reality Show, 24 horas por dia, da construção do seu estádio, seguindo a velha regra do Cinema Novo - Uma câmera na mão, uma ideia na cabeça - acrescida de um coração corinthiano.
Só um corinthiano é capaz disso. Por isso que os outros morrem de inveja....

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Amanhã será um dia de caos na cidade

Amanhã Brasília vai virar um inferno. E não será apenas pela baixíssima umidade relativa do ar - que ontem chegou aos incendiários 10%. Mas sim pela Marcha das Margaridas, uma manifestação de trabalhadoras rurais que desde hoje começam a se concentrar na cidade. A previsão dos organizadores é de que 100 mil mulheres marchem pela Esplanada dos Ministérios, o que deve provocar o fechamento do trânsito na Esplanada e no Eixo Monumental, transformando a cidade num inferno de verdade. Seco e caótico.
Nada contra a Marcha das trabalhadoras rurais. Muito pelo contrário. Só não dá pra entender por quê a Polícia Militar insiste em fechar o trânsito sempre que há alguma manifestação na cidade, independente do seu tamanho. Não dá para entender porque não se usa o gramado central da Esplanada para os Manifestantes deixando a rua para os carros e a população que segue a vida normal. A Esplanada é suficientemente ampla para permitir que o gramado central seja utilizado por manifestantes. Nunca vou conseguir entender porque isso não acontece. Parece coisa feita pra jogar a população, que terá sua vida dificultada, contra os manifestantes. Já passou da hora de se pensar nessa alternativa. Mais prática, mais sensata e mais humana.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Chama os profissionais, Dilma!

As denúncias de corrupção que inundaram a Esplanada dos Ministérios, a crise na base aliada, as demissões de ministros, a queda nas pesquisas, a crise econômica internacional, entre outros fatores, deixaram evidente uma coisa que todo mundo já sabia: a presidenta Dilma Roussef pode até ser uma gerente eficiente e uma administradora competente, mas é uma nulidade política. Dilma não gosta de fazer política. E, ao que tudo indica, não sabe. Tem horror aos políticos e detesta a principal matéria-prima da política: a conversa ao pé de ouvido, a negociação, o diálogo. Dilma gosta de mandar, de gritar, de cobrar metas. O que pode ser bom, se vier acompanhado de habilidade política.
E isso não está acontecendo. Essa semana , por exemplo, houve mais uma daquelas inúteis e intermináveis reuniões do Conselho Político do governo, onde até o caricato Levy Fidélis, do não menos caricato PRTB, tem assento, e não se falou uma única palavra sobre a crise política.
Pelo andar da carruagem, ou Dilma chama os profissionais da política, ou seu governo será uma interminável sucessão de crises.
A substituição de Palocci pela graciosa Gleisi Hoffman não resolveu esse problema. Como disse a própria Dilma, Gleisi é a Dilma da Dilma. Mas, cá entre nós, Dilma precisa mesmo de uma Dilma? Claro que não. Lula precisava de uma Dilma para controlar a máquina e deixá-lo livre para fazer o que ele mais gosta e sabe melhor: política. Já Dilma, precisa de um Lula, para deixá-la livre para cuidar da máquina e fazer política por ela.
A política não é para amadores, mas para profissionais. E já está passando da hora de Dilma convocar os profissionais.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Quosque Tandem.....

Transportes, Agricultura, Turismo, o mar de lama invade a Esplanada dos Ministérios e a pergunta na boca do povo é uma só: quem será o próximo? É hora de mais uma vez pedir licença a Cícero e bradar aos quatro ventos: Quosque tandem, PMDB, abutere patientia nostra! A presidenta Dilma precisa mostrar quem é que manda e acabar com essa bandalheira. Não sou daqueles puristas ou ingênuos que não entendem o significado das alianças políticas e da governabilidade. Mas, uma coisa é governar com o PMDB. Outra coisa é governar com qualquer nome indicado pelo PMDB. A presidenta tem o direito e o dever de escolher seus ministros, mesmo os com indicações partidárias. Será que o PMDB não tem nomes sérios, competentes e íntegros entrs os seus quadros? Com certeza, tem sim.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Já vai tarde, tucano!

A política brasileira tem algumas figuras que se destacam por uma característica especial: são governo. Sempre. Não importa quem seja o partido ou o líder político que governe. O que importa é estar ao lado do governo. Exemplos dessa postura são os senadores José Sarney, Renan Calheiros, Romero Jucá que estão ao lado do governo há muitos anos. Sarney, desde o regime militar; Renan, desde Collor; Jucá desde Sarney. Essa semana, outro representante dessa linhagem política governista perdeu o lugar. O gaúcho Nelson Jobim, um tucano de alta plumagem, acabou caindo Ministério da Defesa, depois de falar demais, e mal, do governo da presidenta Dilma.
Jobim sempre foi tucano e sua presença nos governos Lula e Dilma era meio indigesta para os petistas mais tradicionais, depois de ter sido ministro de FHC e presidente do STF, onde sempre defendeu os interesses do governo tucano.
Pra ser sincero, não fará falta.
É apenas um falastrão, que tem mais pose do que substância. Mais embalagem do que produto. Mais marketing do que utilidade.
Bola dentro da presidenta Dilma!

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Marketing ridículo

O Santos, um pequeno clube da Baixada Santista que só virou grande porque teve um certo Pelé em seu time, parece que vive mesmo exclusivamente de seu passado. A sombra de Pelé é tão grande que, além de viver tentando criar um novo Pelé, como já fizeram, sem sucesso, aliás, com Robinho e Diego, e fazem agora com Neymala e Ganso, o clube respira Pelé em todos os segundos. O que é muito justo. Só que às vezes, essa eterna dependência da imagem de Pelé vira doentia. E burra. Agora, depois de vencer com muita sorte a Libertadores da América e se qualifiicar para disputar o Mundial de Clubes da Fifa, em dezembro, torneio oficial que o Santos ainda não ganhou, o presidente do time da Baixada soltou uma jogada de marketing que ganhou o mundo: quer escalar Pelé para jogar a final do Mundial de Clubes contra o Barcelona. Primeiro, o Santos precisa se classificar para a final, ganhando o jogo semifinal. Não se esqueçam que o Internacional de Porto Alegre, também conhecido como Chorolado, no ano passado perdeu para o poderossímo Mazembe, campeão africano, e não chegou à final. A jogada de marketing do presidente santista pode ter servido para ganhar espaço na mídia mundial. Afinal, Pelé é mídia garantida em qualquer lugar do planeta, até calado. Mas não pode ser levada a sério.  Pelé tem 71 anos, não é jogador profissional, não poderia ser inscrito e, mesmo se pudesse, não ajudaria o Santos a vencer o Barcelona. A idade não permite. Futebol é coisa séria. Não é brincadeira para galhofeiros como esse presidente.
O Santos, aliás, com Neymala e tudo, está na zona do rebaixamento do Brasileirão, perdeu seus últimos 3 jogos e tomou espantosos 10 gols nessas três partidas.
Coisa ridícula!

domingo, 31 de julho de 2011

Festa dos 50 anos da ARUC com Fundo de Quintal foi um sucesso


A ARUC deu início, nesse sábado, às comemorações dos seus 50 anos, com chave de ouro. A festa desse sábado, promovida com o apoio da Administração Regional do Cruzeiro e do deputado distrital Chico Leite, foi um sucesso absoluto. Mais de 6 mil pessoas participaram da festa, num clima de muita alegria, entusiasmo, animação e, principalmente, paz, harmonia e tranquilidade, sem nenhum incidente. Durante mais de 6 horas, o grande público presente cantou, sambou e se divertiu ao show das bandas Liberdade de Sonhar, Amor Maior, do sambista carioca Charles André, da Bateria Nota 10 da ARUC, do Grupo Fundo de Quintal e da banda Coisa Nossa, que fechou a programação.
A diretoria da ARUC agradece a comunidade do Cruzeiro e de todo o Distrito Federal que prestigiou o evento. Cruzeirenses de várias gerações, personalidades, como o compositor Carlos Elias, o diretor de Harmonia da Portela, Marcelo Jacob, o administrador regional do Cruzeiro, Salim Siddartha, o grupo de percussão Patubatê, as meninas do grupo Avacalhando o Vocal, entre outros, e, principalmente, cidadãos anônimos, representantes do povo do Cruzeiro e de todo o Distrito Federal e suas famílias deram um toque especial à festa, que mostrou, mais uma vez, a força, o prestígio e a representatividade da ARUC, no cenário cultural do Distrito Federal.
As comemorações dos 50 anos da ARUC vão continuar até o dia 21 de outubro, aniversário da ARUC, quando será realizada outra grande festa, com a presença da Velha Guarda da Portela e outras atrações locais e nacionais, ainda não definidas. Antes disso, no dia 20 de agosto, será lançado oficialmente o samba-enredo e os figurinos da ARUC para o Carnaval 2012, com o enredo Portinari, as cores e as caras do Brasil, e inagurado o nosso novo espaço de eventos, cuja reforma está em fase final, que receberá o nome de Espaço Carlos Elias, homenagem ao sambista e compositor portelense e integrante do Conselho de Administração da ARUC. No dia 17 de setembro haverá um show com o Grupo Bom Gosto e convidados. A ARUC prepara, ainda, três produtos para comemorar o seu Jubileu de Ouro: um CD com os sambas-enredos históricos , um DVD com um documentário sobre os 50 anos da ARUC e um livro com fotos históricas de nossa entidade.
Obrigado, cruzeirenses!

quarta-feira, 27 de julho de 2011

E agora Sarney?

Ustra e Merlino, na época; Ustra e Sarney, hoje

Hoje é um dia histórico. Às 14h30, no Fórum João Mendes do Tribunal de Justiça de São Paulo, no centro de São Paulo, será realizada a esperada audiência do processo movido pela família do jornalista Luiz Eduardo Merlino, assassinado no DOI-CODI do II Exército, no dia 17 de julho de 1971, após ser brutalmente torturado por 4 dias, contra o coronel reformado do Exército, Carlos Alberto Brilhante Ustra, comandante do mais temido centro de torturas da ditadura militar, de 1970 a 1974. Na ação, a família de Merlino quer a condenação de Ustra como torturador e responsável direto pela morte do jornalista.
Se Ustra for condenado será a primeira condenação de um torturador, responsabilizando-o diretamente, na condição de comandante do DOI-CODI, pela morte de vários militantes políticos nos temidos porões da Rua Tutóia.
Será uma decisão inédita e histórica.
Sob o comando de Ustra, o DOI-CODI paulista registrou 40 mortes e uma denúncia de tortura a cada 60 horas, segundo a Comissão de Justiça e Paz do cardeal Paulo Evaristo Arns. Em depoimento oficial ao Exército, Ustra contabiliza em São Paulo, no período de 100 meses, entre janeiro de 1969 e maio de 1977, a prisão de 2.541 “subversivos” e o fim violento de 51 “terroristas” — como sempre, segundo as versões oficiais, “mortos em combate”.
O que, é claro, é mentira. A quase totalidade dessas mortes ocorreram na tortura, realizada numa sala no térreo do prédio em que funcionava o DOI-CODI, na Rua Tutóia, em São Paulo, ao lado da entrada da carceragem, onde haviam oito celas - da XO, que era a solitária, à X7, que era a cela das mulheres. Quatro de um lado, quatro de outro lado, separadas por um muro.
O que chama atenção nesse julgamento é a anunciada presença do ex-presidente da República, José Sarney, atual Presidente do Senado e aliado da presidenta Dilma Roussef, por sinal, uma ex-presa política torturada, como testemunha de defesa do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, que alega, fantasiosamente, que Merlino morreu atropelado, ao tentar fugir, na BR-116, próximo à cidade de Jacupiranga, quando estava sendo levado para Porto Alegre, a mais de 200 quilômetros de distância da cela onde efetivamente morreu, na Rua Tutóia, em São Paulo.
Realmente, não dá pra entender a presença de Sarney como testemunha de defesa do torturador mais notório do Brasil. Aliás, vale lembrar que foi durante o governo Sarney que a ex-deputada Beth Mendes reconheceu Ustra na embaixada brasileira em Montevidéu, no Uruguai, onde exercia o posto de adido militar. Sarney deve explicações dessa sua atitude e a presidenta Dilma deveria cobrar isso de seu aliado.
O Brasil e os democratas não mereciam isso.
Se Ustra for condenado, estarão também sendo condenados com ele seus comandados no DOI-CODI paulista, exímios torturadores, muitos deles já falecidos, alguns identificados, outros conhecidos apenas pelos seus codinomes: escrivão de polícia Gaeta (Mangabeira), delegado Aparecido Laertes Calandra (Capitão Ubirajara), tenente-coronel reformado Maurício Lopes Lima, identificado como um dos torturadores da presidenta Dilma, delegado Pedro Mira Grancieri (Capitão Ramiro), coronel Dalmo Lúcio Cyrillo, capitão Benone Arruda Albernaz, Oberdan, Doutor José, Padre, Ricardo, Carioca, Lungareti e tantos outros.

Leia também o artigo do jornalista Luiz Cláudio Cunha sobre Ustra e Sarney, publicado no Blog Conversa Afiada.
Em tempo: A assessoria de imprensa do senador José Sarney respondeu ao jornalista Luiz Cláudio Cunha.  "O presidente José Sarney não recebeu qualquer citação da Justiça para comparecer no Forum João Mendes e depor como testemunha de defesa do coronel Ustra. Se receber, não irá comparecer porque se recusa a participar de uma farsa armada pela defesa de Ustra com o único objetivo de atrasar o processo em curso", diz a nota, assinada pelo Secretário de Imprensa da Presidência do Senado, Marcelo Tognozzi. O jornalista Luiz Cláudio Cunha replicou a nota de Tognozzi. Leia aqui.

Apenas a título de curiosidade: a primeira foto de Ustra, à esquerda, que ilustra esse post, é de autoria do fotógrafo Salomon Cytrynowicz, o Samuca, então na revista Veja, e é a primeira foto de Ustra publicada pela imprensa brasileira. Eu e Samuca cobríamos uma solenidade do QG do Exército, em Brasília, no chamado Forte Apache, em 1979, quando eu - que fui preso no DOI-CODI em 1972 - cruzei com Ustra no meio do salão. Corri, nervoso e excitado, atrás do Samuca que conseguiu fazer três clicks de Ustra, antes de ser abordado por seguranças que impediram a continuidade do seu trabalho. Semanas depois, Veja publicava a foto, numa matéria sobre tortura no Brasil.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Bahia pode surprender

Ninguém sabe dizer, hoje, com certeza, qual cidade vai sediar o jogo de abertura da Copa do Mundo de 2014. O esquema armado é para que o privilégio seja de São Paulo, no estádio do Corinthians, o Fielzão, que finalmente começou a ser construído, mas ninguém pode garantir que ficará pronto a tempo. Brasília sonha em ganhar a vaga, mas pouca gente acredita que isso seja possível, por conta de eventuais problemas políticos-administrativos do Novo Caminho. O capo da CBF, Ricardo Teixeira, já disse que Belo Horizonte pode levar o jogo de abertura, mas ninguém também acredita nisso. Seria agradar demais o tucano Aécio Neves e desagradar o governo federal. O que ninguém está falando é que nessa indefinição crescem as chances da abertura acabar caindo no colo de Salvador, do petista Jacques Wagner. A favor da solução baiana contam o estágio avançado da obra da Fonte Nova, considerada pela FIFA uma das mais adiantadas, o forte apelo turístico e a ausência de qualquer irregularidade fiscal ou administrativa.
A conferir.
Além disso, a Bahia estará brilhando na Sapucaí no Carnaval de 2012. Duas escolas do Grupo Especial - Portela e Imperatriz Leopoldinense - vão falar da Bahia em seus enredos. A Portela vai mostrar as festas populares da Bahia, com o enredo O povo na rua cantando, é feito uma reza, um ritual. Já a Imperatriz Leopoldinense vai cantar Jorge Amado, no enredo Jorge, Amado Jorge
Visibilidade maior que essa, impossível.
Axé!

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Mudanças sutis em Amor e Revolução


A novela Amor e Revolução, do SBT, que provocou a ira de militares envolvidos com a repressão política na época da ditadura, tem mostrado nas últimas semanas algumas mudanças sutis. A mais flagrante é a drástica redução das cenas de tortura de presos políticos pelo delegado Aranha, personagem claramente inspirado na figura sombria do delegado Fleury, do DOPS de São Paulo, e o crescimento cada vez maior das cenas de amor entre os diversos personagens da trama. O SBT não disse nada, nem explicou os motivos dessa mudança. Nas últimas semanas nenhuma cena de tortura foi ao ar, já as cenas de beijos, amassos, cantadas e romances, inclusive gays, dominam os capítulos. Mas a mudança mais expressiva e mais visível não é essa. Os depoimentos de ex-presos políticos e seus familiares que eram exibidos no final de cada capítulo simplesmente sumiram da novela. O que será que aconteceu? Será que a pressão de ex-torturadores levou a melhor?
O SBT deve explicações ao público e à socidade.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Não vejo ninguém na minha frente.......


O Corinthians é líder isolado, absoluto, incontestável e invicto do Campeonato Brasileiro com 28 pontos, sete pontos a frente do segundo colocado, com 9 vitórias - sete consecutivas - e um empate. Um impressionante aproveitamento de 93,3%. Com a vitória de ontem sobre o Botafogo, o Corinthians não só manteve a liderança folgada do campeonato, como também estabeleceu a maior invencibilidade da história dos pontos corridos: são 19 partidas sem perder na competição nacional, contando os oito últimos jogos do Brasileiro 2010.
Como diz, sem falsa modéstia, o site oficial do Corinthians, esse Timão solidário, aguerrido, guerreiro está mesmo imbatível. Não é um time de encher os olhos, que dá espetáculo, como adora a mídia esportiva, mas é um time guerreiro, que joga com alma, empenho, atitude e dedicação, como adora a Fiel. E isso é que importa.
Embora ainda falte muita água para rolar debaixo da ponte, o Corinthians, como admitiu o técnico do Flamengo, Wanderley Luxemburgo, está jogando como o campeão dos campeões, e já colocou um dedinho na taça. É pouco, mas já é alguma coisa.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Gênios do vexame


A imprensa esportiva brasileira se especializou, há muito tempo, na difícil tarefa de inventar gênios do futebol. Jornais, jornalistas, radialistas, colunistas esportivos vivem à caça de um novo Pelé. Foi assim com Denilson, com Diego, com Robinho e, agora, com Neymala e Ganso. Só para citar alguns mais notórios. Todos eles fracassaram, transformando-se em meros artistas de circo, malabaristas da bola. Os casos mais recentes de Neymala e Ganso são exemplares. Os chamados Meninos da Vila ganharam status de gênios no ano passado, quando o time da Baixada Santista aplicava goleadas impiedosas em cima de forças do futebol mundial, como o Naviraiense, e outros times famosos. Na Copa do Mundo, a imprensa exigia a convocação dos dois e a ausência dos dois jogadores foi mortal para a queda de Dunga. Veio a conquista da Libertadores da América, onde aliás, Neymala e Ganso, não chegaram exatamente a brilhar, para a cantilena voltar com força: novos Pelés, gênios da raça, etc,etc,etc.
Pois bem, os dois foram convocados por Mano Menezes para a Copa América e o que aconteceu? Nada, rigorosamente nada. Ganso foi apático e omisso e Neymala foi o que sempre é: um mala. Mascarado, metido, individualista, bobalhão.
Naufragaram junto com toda a seleção na ridícula eliminação nos penalties, ontem, diante do Paraguai.
Eu sempre disse que Neymala não passava de um jogador acima da média e que seria atropelado pela máscara, pelo ridículo topete. Será vendido para a Europa até o final do ano, vai vender muito jornal, dar umas pedaladinhas por lá e pronto. Jamais será gênio. Principalmente por conta da marra excessiva. Ganso é melhor, tem talento, mas precisa se livrar do amigo inconveniente para brilhar. Mesmo assim, não é, nem nunca será gênio.
Gênios foram Pelé, Garrincha, Maradona, Zico, Sócrates, Gerson, Didi, Zidane, Romário, Ronaldo Fenômeno, Cruijff, Beckenbauer.
Neymala e Ganso estão a anos-luz de distância deles....

terça-feira, 12 de julho de 2011

Depoimento emocionante de Casagrande no Faustão


O depoimento do ex-jogador do Corinthians e da Seleção Brasileira, Walter Casagrande Junior, o Casão, ídolo da Fiel Torcida, domingo, no Programa do Faustão, foi emocionante e corajoso. Casagrande abriu corajosamente o seu coração e contou para milhões de pessoas, em rede nacional, sua luta para superar a dependência química e o consumo abusivo de cocaína, que estava destruindo a sua vida. A coragem de Casagrande é um exemplo para todos os jovens e, principalmente, para a grande maioria dos boleiros desse país que preferem mentir, dissimular, fingir, omitir e esconder seus problemas a enfrentá-los de frente. Como corinthiano fiquei orgulhoso de ver um dos ídolos do Timão abrir seu coração, dar a cara a tapa e mostrar aos jovens como é triste e dolorosa a vida com as drogas. O exemplo de Casagrande vai ajudar muita gente que luta contra o alcoolismo, a drogadição e a dependência química.
Parabéns, Casão, por mais esse golaço!

Veja a íntegra aqui

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Portela e ARUC sempre juntas



No sábado, durante a Festa Julina dos 50 Anos da ARUC, o diretor geral de Harmonia da Portela, Marcelo Jacob, presenteou a diretoria da ARUC, em nome do presidente da Portela, Nilo Figueiredo, com uma bandeira oficial da Portela. O pavilhão portelense passa a ocupar agora um espaço nobre da Sala de Troféus da ARUC, ao lado da bandeira da azul e branco do Cruzeiro.
É madrinha e afilhada caminhando cada vez mais lado a lado.
Na próxima quarta-feira, Marcelo Jacob fará uma reunião com a equipe de Harmonia da ARUC para uma troca de ideias, experiências e informações.
É a ARUC e a Portela estreitando ainda mais as suas relações.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Parabéns, mestre Monarco!


O mestre Monarco, da Velha Guarda da Portela, e seu filho, Mauro Diniz, ganharam a 22ª edição do Prêmio da Música Popular Brasileira, na categoria Melhor Canção, com o samba Dolores e suas desiluções, gravado por Zeca Pagodinho, no seu último CD, Vida da Minha Vida. Zeca, por sinal, ganhou o prêmio na categoria Melhor Cantor de Samba. Na categoria Melhor Álbum de Samba, o vencedor foi Wilson das Neves, com o CD Pra gente fazer mais um samba.
Esses prêmios mostram que o samba brasileiro continua mais forte do que nunca. Você jamais vai ouvir Dolores e suas desiluções no rádio ou na televisão. A melhor música do ano, segundo o mais conceituada Prêmio de Música Popular Brasileira do país, não será apresentada no Faustão, no Fantástico, no Caldeirão do Huck, muito provavelmente nem sequer no Altas Horas do Serginho Groismann.
Coisas da televisão brasileira e seu baixo nível cultural. Paciência. Um dia, quem sabe, eles aprendem e isso muda.
Enquanto isso não acontece, nossos ouvidos são entupidos com lixos como Luan Santana, Fiuk, Restart, os sertanejos e os axés baianos e baianas. Uma pena!

E agora Marina

A ex-senadora Marina Silva, do alto dos seus quase 20 milhões de votos conquistados na eleição presidencial do ano passado, saiu do PV, acusando o partido de fisiologismo. O PV deve muito a Marina e Marina deve muito ao PV. Ela obteve essa quantidade impressionante votos não só pela sua comovente história de vida, mas, também, um pouco pelo seu discurso verde, de proteção do meio ambiente, que faz muito sucesso entre a classe média dos grandes centros urbanos. Mas, Marina, é mais um desses casos de caciquismo, comuns na política brasileira. Marina vive do seu próprio marketing, sem nenhum compromisso partidário. É verdade que o PV é meio marrom em alguns lugares, mas o que fará agora Marina? Vai criar um novo partido, a exemplo de outros caciques políticos brasileiros? A sua decisão comprova que Marina, apesar do discurso moderninho, tem o mofo da velha política clientelisma brasileira, ainda que pintada de verde. Marina é mais um exemplo de personalismo político e, ao que tudo indica, terá vida curta.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Itamar fará falta

O ex-presidente da República, Itamar Franco, fará falta à política brasileira. Com sua sensibilidade, sua mineirice, sua tranquilidade, sua serenidade e, principalmente, sua altivez. Fará mais falta ainda porque em seu lugar herda 7 anos e meio de mandato o seu suplente: Zezé Perrela, presidente do Cruzeiro e, ao contrário de Itamar, um sujeito todo enrolado, para dizer o mínimo. Só não dá pra entender por quê Itamar escolheu Zezé Perrela como suplente. Durma-se com um barulho desses!

sexta-feira, 1 de julho de 2011

ARUC recebe Prêmio Plumas & Paetês


Recebi, ontem, como presidente da ARUC, numa grande festa no Teatro Carlos Gomes, no Rio de Janeiro, o Prêmio Plumas & Paetês, na categoria Vem de Lá, em homenagem ao cinquentenário da ARUC.
Em sua 7ª edição, o Prêmio Plumas & Paetês homenageia os profissionais do Carnaval - aderecistas, carpinteiros, costureiras, desenhistas, ferreiros, figurinistas, iluminadores, escultores, coreógrafos, maquiadores, destaques, entre outros, que fazem, nos bastidores, o grande espetáculo do Carnaval, além de personalidades do Mundo do Samba.
O presidente da Liesa, Jorge Castanheira, o diretor de Carnaval da Liesa, Elmo José dos Santos, o superintendente do IPHAN no Rio de Janeiro, Carlos Fernando Andrade, e um representante da Riotur prestigiaram o evento.
Este ano, entre os premiados estavam Maria Helena e Chiquinho, que ganharam o prêmio Eu sou o Samba, os carnavalescos Cahê Rodrigues e Roberto Szanieck, que levaram o prêmio Profissional do Carnaval, Neguinho da Beija-Flor, na categoria Intérprete, Levi Cintra, da Estrelinha da Mocidade; Fábio Santos, da Unidos de Padre Miguel; Jaime Cesário, da Cubango; e Alex de Souza, da União da Ilha, na categoria Carnavalesco; Carlos Reis, da Portela, na categoria Destaque de Luxo Masculino, entre outros.
Ao receber o troféu, ao som do samba-enredo da ARUC de 2011, cantado por Cláudio Vagarezza, um dos nossos intérpretes, presente ao evento, disse que o Prêmio é um reconhecimento nacional pelos 50 anos da ARUC e representa a vitória de todos os cruzeirenses, mostrando que a semente plantada, há 50 anos, pelos nossos fundadores deu frutos e mostra a força da ARUC na preservação do samba e da cultura brasileira.
Parabéns, comunidade do Cruzeiro, esse Prêmio é mais uma vitória de vocês!

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Nova fusão agita mercado de frangos


Deu no site Sensacionalista: CADE analisa fusão entre Sadia e Rogério Ceni.
Leiam a notícia:
Uma onda de fusões entre grandes corporações está preocupando o CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). Após o anúncio da possibilidade de fusão do Grupo Pão de Açucar com o Carrefour, a notícia que corre agita o mercado financeiro agora é a possível fusão entre a Sadia e o goleiro Rogério Ceni. O CADE analisa com cuidado a operação pois teme um monopólio no mercado de frangos.
Se o negócio irá se concretizar ainda é um mistério, mas sabe-se que uma agência de publicidade de São Paulo já está trabalhando no slogan da nova companhia: “Rogério Seni agora se escreve com S, de Sadia”.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Palhaçada de mau gosto

A propaganda do PR que está sendo veiculada esta semana na televisão é de um profundo mau gosto, para dizer o mínimo. Na verdade, a peça é um acinte à inteligência dos brasileiros. A pretexto de ser engraçado, o comercial mostra o palhaço Tiririca, não o deputado Tiririca, dizendo que aprendeu várias coisas em Brasília, entre elas, que não pode empregar parentes no seu gabinete. E aí, emenda: "Viu pai, vai continuar catando latinha na rua, e mãe vai continuar lavando roupa pra fora". O que o PR pretende com isso? Dizer que o combate ao nepostimo é um erro, pois impede que parentes de parlamentares melhorem de vida? Se for isso, é grave, gravíssimo. Se não for, é apenas uma piada de péssimo gosto.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Um recorde que o mauricinho narigudo esconde


O frango que Rogério Ceni, o mauricinho narigudo do time do Jardim Leonor, tomou no domingo passado, fechando a impiedosa goleada corinthiana, foi o 81º gol que o narigudo tomou do Corinthians em 53 jogos disputados, média de 1,52 gols por jogo. Ele, que gosta de recordes e se vangloria deles, esconde esse da sua trajetória: Rogério Ceni foi o goleiro que mais gols sofreu do Time do Povo. Bem abaixo dos 81 gols que ele tomou do Timão vem um goleiro, esse sim, fantástico: Oberdan Catani, daquele time de verde, que tomou 64 gols em 34 jogos.
E o Corinthians tem mais para a história de recordes do mauricinho narigudo. O milésio gol que ele sofreu na carreira, em 2009, foi marcado por Elias do Corinthians.
Talvez seja por isso que o narigudo odeia tanto o Timão do Povo.
Tadinho!

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Compre sempre frangos com a marca Rogério Ceni. São garantidos.

Sensacional o novo comercial do frango Rogério Ceni. Um frango suculento sempre é mais saboroso. Veja aqui.

Corinthians, o único

Eu nem ia falar nada do massacre de ontem no Pacaembu contra os bambis. Primeiro porque ganhar do time do Jardim Leonor é comum. Depois, porque fregueses, principalmente tão assíduos como esses, merecem sempre ser bem tratados. Mas não posso deixar de compartilhar com meus parceiros desse Baralho a 4 a brilhante coluna do meu amigo Juca Kfouri, no Caderno de Esportes, da Folha de São Paulo, de hoje, cujo título é Corinthians, o único. Ela explica, ou tenta explicar para os não corinthianos, o que nos faz ser diferentes de todos os outros times e suas respectivas torcidas, e o que nos faz ser tão odiados por eles, os outros.
Vale a pena ler:

JUCA KFOURI

Corinthians, o único


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Quando ganha, quando perde e até nos triunfos dos rivais, o alvinegro mostra ser clube único
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ÚNICO INVICTO entre os paulistas neste Campeonato Brasileiro; único time a derrotar, e golear, o líder São Paulo até aqui; único a jamais ter feito a festa que os santistas fazem pela terceira vez, assim como os tricolores já fizeram outras três e os palmeirenses ao menos uma; este é o Corinthians, único também entre os grandes de São Paulo sem casa própria.
E foi no Pacaembu, na casa que virou sua sem sê- -la, que o Timão se aproveitou dos desfalques são- -paulinos e o venceu sem dificuldades depois que o tricolor ficou com dez em campo, ainda no primeiro tempo.
Os 5 a 0 foram a exata tradução da superioridade alvinegra, coroada com olé e uma infinidade de bolas entre as pernas.
Pois o Corinthians é tão grande, e aparentemente tão mais importante que os rivais, embora não possa concorrer com nenhum deles na relevância dos troféus conquistados, que impressiona como nenhum de seus adversários festeje coisa alguma sem fazer questão de lembrá-lo.
Se é ainda polêmica a tese freudiana sobre a inveja que a mulher teria do pênis, parece indiscutível o ciúmes que o tamanho da torcida corintiana desperta em seus concorrentes.
Porque não há outra explicação para as inúmeras agressões à nação corintiana em meio aos mais que justificados festejos praianos, assim como acontece quando a festa é alviverde ou tricolor - ou até mesmo rubro-negra e colorada.
Se é raro que o Corinthians tenha uma direção que chame a atenção por suas qualidades, como na época dourada da "Democracia Corinthiana", é frequente que se veja apontados entre os defeitos do seu comando os mesmos que se apresentam nos demais clubes.
E se o Corinthians não é o único dos grandes paulistas a conhecer a segunda divisão, só ele ganhou o primeiro Mundial de Clubes da Fifa, apesar de também apenas ele ter o título contestado.
Quem sabe um dia o Corinthians seja visto como mais um, depois de ganhar sua Libertadores e inaugurar o seu estádio, sobre o qual, com razão, pairam as mesmas críticas que um dia recaíram sobre o Morumbi, justa ou injustamente.
Porque imaginar o Corinthians com torcida menor do que alguém é perda de tempo, o que deixa um único caminho aos rivais: o de se dar conta que se nem festa são capazes de fazer sem lembrar a existência corintiana é porque importante mesmo é quem é sempre lembrado.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

O Santos não é o Brasil na Libertadores, é só o Santos!

Hoje é a noite de se ouvir dos locutores esportivos na tv que o Santos é o Brasil na final da Libertadores. Essa é a maior mentira que costuma se repetir eventualmente. O Santos não é o Brasil, na Libertadores. O Santos é apenas o Santos. Um time do litoral que não fosse o Pelé seria até hoje um time de segunda grandeza, assim como são a Ponte Preta, o Guarani, a Ferroviária, o São Caetano, o Noroeste, enfim, os times do interior paulista. O Santos não é o Brasil, como o Corinthians, o Flamengo, o Fluminense, o Vasco, o São Paulo, o Inter, o Grêmio, o Cruzeiro, o Atlético Mineiro também não seriam. Os torcedores do Flamengo jamais torceriam pelo Vasco numa final de Libertadores, assim como os do Grêmio jamais torceriam pelo Inter, os do Cruzeiro pelo Galo, os do Corinthians pelo Palmeiras, e vice-versa. Eu, como bom corinthiano, torcerei, é claro, pelo glorioso Peñarol, time de muito mais tradição do que o Santos. E espero que os uruguaios calem a boca dos santistas e dessa imprensa esportiva ufanista e exagerada.
Dá-lhe Peñarol!!!!!!!!!!!!!

terça-feira, 21 de junho de 2011

Lembrar para que não se esqueça, não esquecer para que nunca mais aconteça!

Esse é o lema que deveria nortear o governo da presidente Dilma em relação à Comissão da Verdade, à regulamentação do sigilo de documentos oficiais e, principalmente, à localização dos corpos dos desaparecidos políticos. As vacilações da presidente Dilma, em relação à esse assunto, são inadmissíveis. Ainda mais se considerarmos o seu passado de ex-militante de esquerda, ex-presa política, que foi barbaramente torturada nos porões da ditadura. Agora presidente, a companheira Estela deveria usar sua autoridade para abrir os arquivos da ditadura, localizar os corpos dos desaparecidos políticos e, acima de tudo, apurar os crimes cometidos pelos agentes da repressão e entregá-los à Justiça, a quem cabe a decisão de puni-los ou não. Nada justifica ou explica essa enrolação que tem marcado o comportamento de Dilma Roussef em relação à esse assunto. De quem se tem medo?

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Bebê não viu a bola

Esse é o título da coluna de Fernando Calazans, no Globo de hoje, comentando a pífia partida do Neymala no jogo de quarta-feira contra o Peñarol, em Montevidéu. Ainda bem que existem jornalistas esportivos sérios, como o Calazans, para falar as coisas que a maioria da imprensa esportiva esconde. Calazans, que é da mesma escola de jornalismo esportivo de outros craques como José Trajano e Juca Kfouri, define com precisão o caráter de Neymala: "Neymar é um jogador de futebol profissional, e já ando um pouco farto de vê-lo dando cambalhotas no campo, e depois inventando que o juiz o está ameaçando de expulsão. Quem ameaça o Neymar de expulsão é ele próprio, com seu comportamento de "bebê mimado" e seu vício de estrelismo no campo com gestos que não sejam aqueles exatamente de jogar o bolão que ele joga".
Brilhante, preciso, cirúrgico e profético texto.
Já vi esse filme antes, aliás, na mesma Vila, com um tal de Robinho, cantado em prosa e verso quando surgiu e hoje um arremedo de jogador de futebol, que mais se parece com um artista de circo. Mambembe, por sinal.
Neymala será o próximo.
Escrevam.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Neymala amarelou!


Bastou um simples, justíssimo e merecido cartão amarelo por uma grotesca e ridícula simulação de falta para que Neymala, o queridinho da mídia, amarelasse definitivamente e fizesse uma partida pífia ontem em Montevidéu. Fosse Neymala o gênio da raça que dizem que ele é, teria chamado a responsabilidade para si e comandado o time da Baixada Santista. Mas, como é apenas um jogador acima da média, bom jogador, é verdade, mas não o gênio que acham que é e que ele acredita ser, Neymala sumiu do jogo e não fez nada. Os jornais de hoje, é claro, amenizam a ridícula atuação do seu queridinho. Neymala é a versão futebolística daquele comportamento muito bem definido por Chico Buarque: falam grosso com a Bolívia e fino com os Estados Unidos. No caso de Neymala, arrasam com o Naviariense, mas afinam com o Peñarol!
Agora é esperar a semana que vem no jogo da volta no Pacaembu. Mas, pelo andar da carruagem, Neymala vai amarelar de novo e a noite será preta e amarela. Dá-lhe Peñarol!!!!!!!!!!!

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Vista assim do alto....

Sempre que viajo de avião, sento nas poltronas do corredor, mas hoje, voltando de São Paulo, num vôo lotado, acabei sentando na janelinha e, ao chegar em Brasília, levei um susto. A visão de Águas Claras, com seus espigões, é assustadora. Parece uma São Paulo incrustrada no Planalto Central. O contraste dos espigões com a placidez das outras cidades e do Plano Piloto chega a ser chocante. Hoje vi, do alto, o mal que a especulação imobiliária fez à nossa cidade. E, mais uma vez, fortaleci minha tese de que Brasília deve muito a dois ex-governadores: Elmo Serejo, por ter feito o Parque da Cidade; e José Aparecido, por ter lutado e conquistado o tombamento da cidade pela Unesco como Patrimônio Cultural da Humanidade. Não fossem essas duas coisas, a especulação imobiliária já teria transformado Brasília num inferno.

Trajano, cidadão da Paulicéia Desvairada


Nunca dei muita bola para esses títulos de cidadão honorário, mas a solenidade de entrega do título de Cidadão Paulistano ao jornalista José Trajano, diretor de jornalismo da ESPN-BRASIL, na noite de ontem, na Câmara Municipal de São Paulo, foi emocionante. Carioca, nascido no Meyer e criado na Tijuca, torcedor fervoroso do América, Trajano chegou em São Paulo em 1975 e adotou a Paulicéia Desvairada como a sua morada. Trajano é, sem dúvida nenhuma, o carioca mais paulistano do Brasil e a cara da Paulicéia Desvairada. Jornalista consagrado, irriquieto, intransigente com os princípios éticos e com a busca permanente da qualidade e da perfeição, Trajano é um exemplo para todos os jornalistas brasileiros, não só os esportivos. Convivi intensamente com ele de 1975 a 1977, quando mudei para Brasília, e guardo para sempre os exemplos de amizade, lealdade, firmeza, combatividade, irreverência, independência e dignidade pessoal e profissional que são marcas registradas de José Trajano. Ontem, ouvindo seus colegas de ESPN saudá-lo, tive a certeza de que Trajano é um mestre que está formando uma geração de jornalistas esportivos neste país que veio para ficar e para mostrar que há sim luz no fim desse túnel nebuloso em que se transformou o jornalismo esportivo brasileiro. Me orgulho muito de ter José Trajano como um amigo do peito, daqueles que nem o tempo, nem a distância, conseguem afastar. Os anos em que convivemos intensamente, inclusive dividindo a mesma casa, ficaram para sempre marcados em minha trajetória profissional e, acima de tudo, pessoal. Trajano é daquelas pessoas que quando entram nas nossas vidas ficam para sempre. Obrigado, Trajano, por me ensinar, na prática, que a utopia serve para que a gente nunca deixe de caminhar!

terça-feira, 14 de junho de 2011

Adeus, Adãozinho!


O ex-jogador Adãozinho morreu na noite do último domingo, aos 59 anos.
Meia-esquerda do Corinthians entre 1971 e 1978, Adãozinho participou do elenco corintiano campeão paulista em 1977, título que encerrou um jejum de 23 anos sem conquistas do time do povo.
Mas seu maior feito aconteceu mesmo no seu quinto jogo com o manto sagrado do Timão, num clássico contra aquele time de verde, no dia 25 de abril de 1971.
Foi um jogo emocionante e é o meu jogo inesquecível.
Eu estava na arquibancada daquele lugar no Jardim Leonor que antigamente era um estádio de futebol e hoje é uma casa de shows. Era uma tarde fria, com a típica garoa paulistana. O time de verde estava arrasador no primeiro tempo e fez 2 a 0. O jogo parecia perdido. No intervalo, o técnico Francisco Sarno, do Timão, colocou o garoto Adãosinho, criado nas categorias de base, que mudou a cara do jogo. Mirandinha fez o primeiro gol do Timão. E aí aconteceu a cena mais emocionante que eu já vi num estádio de futebol. Aos 24 minutos, Adãosinho empatou. Foi dada a saída e aos 25 minutos Leivinha fez 3 a 2 pro time de verde. Foi dada nova saída e aos 26 minutos, Tião fez 3 a 3. Ou seja, 3 gols em 2 minutos, um atrás do outro. No finalzinho do jogo, Mirandinha marcou o gol da virada corinthiana - 4 a 3. Uma vitória heróica, épica, corinthiana, comandada pelo jovem Adãosinho, reserva de Rivelino.
Só isso bastava para que Adãozinho entrasse na galeria dos heróis da história corinthiana. Mas ele fez mais e integrou o elenco que conquistaria o história título de campeão paulista de 1977, e foi autor do passe para o primeiro gol de Palhinha, de nariz, na primeira partida das finais contra a Ponte Preta.
Valeu, Adãozinho. Obrigado por ter me permitido viver essa emoção. Descanse em paz.
Veja aqui os gols desse jogo inesquecível.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Palocci e o sigilo

A coluna Panorama Político de O Globo publica, hoje, uma nota contando uma piada que circula entre petistas, dizendo que Buda Palocci tem sérios problemas com o sigilo. Caiu do Ministério da Fazenda do governo Lula porque quebrou o sigilo bancário do caseiro. Agora cai da Casa Civil do governo Dilma porque manteve em sigilo os nomes dos clientes de sua fenomenal consultoria. Realmente, sigilo não combina com Palocci.

terça-feira, 7 de junho de 2011

O sapo e a princesa

Buda Palocci não resistiu e pediu pra sair. Pro seu lugar irá a charmosa senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR). Saiu o sapo, entrou a princesa. Boa troca.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Quousque tandem.....

A entrevista do Budalocci ao Jornal Nacional não serviu pra nada. Ele não disse nada que ajudasse a resolver a crise. Manter Antonio Catilina Palocci no governo continua inexplicável.
Portanto, lá vai meu mantra: Quousque tandem, Palocci, abutere patientia nostra?"

Tem até escritor na Academia

Excelente a matéria da Folha de São Paulo de sábado sobre a composição da Academia Brasileira de Letras. Eu acho uma bobagem essa Academia. Inútil, desimportante, totalmente dispensável. Mas há quem goste. Goste tanto, aliás, que se candidata a ocupar uma das suas cadeiras. A eleição do jornalista Merval Pereira, autor de dois livros que, na verdade, são colagens de colunas publicadas em jornais, reaviva a discussão sobre os requisitos para integrar a Casa. Lendo a relação dos atuais 40 imortais, a gente encontra políticos, como José Sarney e Marco Maciel, jornalistas, o cirurgião plástico Ivo Pitanguy e até mesmo escritores. Numa análise rigorosa, dos 40 acadêmicos encontrei apenas oito escritores de verdade: Alberto da Costa e Silva, autor do fantástico "A Enxada e a Lança", sobre a África, João Ubaldo, Lygia Fagundes Telles, Ana Maria Machado, Ariano Suassuna, Carlos Heitor Cony, Ledo Ivo e Nélida Piñon. É pouco. Muito pouco.

Não dá pra entender

Eu sempre me incomodei com o fechamento da entrada do Ceasa aos domingos, o que torna um inferno a vida de quem vai à Feira dos Importados. Nada justifica que aquela área pública seja fechada ao acesso de carros aos domingos, mesmo que os boxes do Ceasa não funcionem. Ficava muito irritado ao lembrar que a administração do Ceasa era privada e essa decisão representava a privatização de uma área pública. Ali é rua e o acesso a ela deve ser livre. A situação é mais grave, ainda, agora que o GDF retomou a administração do Ceasa. O estacionamento continua fechado aos domingos. Não há nada que justifique tal medida, até porque, ali, além do acesso à Feira dos Importados, existem agências bancárias e outros estabelecimentos comerciais. Mesmo com os boxes do Ceasa fechados aos domingos, fechar o acesso a uma área pública e ao estacionamento público, que alivia o congestionamento na Feira dos Importados, é um absurdo.
Realmente, não dá pra entender....

sexta-feira, 3 de junho de 2011

É Hoje!


O mundo vai parar hoje à noite para ouvir Buda Palocci explicar no Jornal Nacional como enriqueceu tanto em tão pouco tempo. De duas, uma: ou ele será tão convicente que vira garoto propaganda do Brasil Sem Miséria, ou vai continuar nos enganando, como tem feito até agora.
Cícero, Cícero, reencarne no Senado e brade: "Quousque tandem Palocci, abutere patientia nostra!"

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Quousque tandem.....

Os jornais de hoje deixam claro que a cada dia que passa piora a situação do ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Catilina Palocci. A Folha de São Paulo, por exemplo, revela que a senadora Glesi Hoffmann(PT-PR), uma das mais aguerridas defensoras do governo Dilma no Congresso Nacional e esposa do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, do alto da sua elegância sugeriu, durante um almoço oferecido ao ex-presidente Lula, o afastamento de Palocci do cargo até que todas as suspeitas sobre o seu enriquecimento sejam definitivamente esclarecidas. Nota do Panorama Político de O Globo, informa que os senadores Pedro Simon(PS), Luiz Henrique(SC) e Cacildo Maldaner(SC), todos do PMDB, disseram que vão assinar o requerimento da CPI do Palocci. Sabe-se que o senador Roberto Requião(PR) também está disposto a assinar a CPI. O ex-governador Anthony Garotinho(PR-RJ) alardeia que tem um diamante de R$ 20 milhões nas mãos e que pretende usá-lo para chantagear o governo. Ou o governo faz o que ele quer - e olha que esse pessoal tem um apetite voraz - ou eles assinam a CPI do Palocci. Essa semana, o governador da Bahia, o petista Jacques Wagner e o senador Walter Pinheiro, também petista baiano, abriram a fila das declarações contra Palocci. Com jeitinho, mas contra.
Ou seja, não dá para entender a insistência do governo em manter Palocci no cargo. Essa teimosia está custando caro a Dilma, constrangendo os aliados, deixando o governo refém do PMDB e de outros partidos menores, e fazendo-o sangrar dia após dia, dando um sopro de vida à moribunda oposição tucana e demo.
Até porque, como bem definiu, com sua elegância absoluta, a senadora Gleisi Hoffmann, Buda Palocci compromete o governo por causa de seu enriquecimento, um projeto exclusivamente pessoal, bem diferente, por exemplo, do mensalão que era um projeto político e coletivo.
Não há articulação política que explique essa teimosia. Como disse, ontem, em seu blog, o jornalista Hélio Doyle, "aí tem coisa". Não há cientista político que consiga explicar essa atitude meio autista de Dilma e do próprio Buda Palocci.
Cada vez mais está na hora de Cícero, o velho senador romano, reencarnar no plenário do Senado e bradar sua Catilinária: Quousque tanden, Palocci, abutere patientia nostra!

terça-feira, 31 de maio de 2011

Cala a boca, Magda!

Nunca gostei do Lobão cantando. Falando, então, ele é uma lástima. A última do falastrão foi de doer. Segundo a Folha de São Paulo de hoje, o roqueiro, em palestra no Festival da Mantiqueira, no interior de São Paulo, entre aplausos e vaias, classificou a esquerda brasileira de “gente rancorosa e invejosa". Lobão afirmou que há “um excesso de vitimização na cultura brasileira... Essa tendência esquerdista vem da época da ditadura. Hoje, dão indenização para quem seqüestrou embaixadores e crucificam os torturadores que arrancaram umas unhazinhas".
Lobão não deveria falar sobre o que não sabe. Sua fala sobre os torturadores que "arrancaram umas unhazinhas" além de um desrespeito a todos os que lutaram contra a ditadura e foram barbaramente torturados, mostra bem a desinformação e a indigência mental dessa criatura. Ou então, é má fé mesmo. Surto agudo de reacionarismo.
Como dizia um antigo bordão da televisão: "Cala a boca, Magda"!

Quousque tandem.....

O beato Antonio Palocci, aquele que multiplica o próprio patrimônio, continua dando trabalho ao governo da presidente Dilma, constrangendo parlamentares, aliados e militantes, e não conseguindo explicar o inexplicável. A situação é tão constrangedora que já começam a surgir, dentro do PT, vozes discordantes da blindagem absoluta de Palocci. O governador da Bahia, Jacques Wagner, foi o primeiro a insinuar que o caso Palocci é "estranho". Hoje é a vez do senador Walter Pinheiro, também da Bahia, dizer que a crise não é do governo, nem do PT, mas exclusivamente do próprio Palocci, "que já deveria ter fornecido as informações sobre seu rápido enriquecimento". As manifestações dos dois petistas baianos podem ser a senha para um movimento mais intenso pela saída, ainda que temporária, de Palocci do governo. Na verdade, a situação de Palocci fica cada dia mais complicada, complicando, de tabela, a situação do governo. Está passando da hora de surgir um Cícero e bradar aos quatro ventos: "Quousque tandem, Palocci, abutere patientia nostra?"