quinta-feira, 30 de junho de 2011

Nova fusão agita mercado de frangos


Deu no site Sensacionalista: CADE analisa fusão entre Sadia e Rogério Ceni.
Leiam a notícia:
Uma onda de fusões entre grandes corporações está preocupando o CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). Após o anúncio da possibilidade de fusão do Grupo Pão de Açucar com o Carrefour, a notícia que corre agita o mercado financeiro agora é a possível fusão entre a Sadia e o goleiro Rogério Ceni. O CADE analisa com cuidado a operação pois teme um monopólio no mercado de frangos.
Se o negócio irá se concretizar ainda é um mistério, mas sabe-se que uma agência de publicidade de São Paulo já está trabalhando no slogan da nova companhia: “Rogério Seni agora se escreve com S, de Sadia”.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Palhaçada de mau gosto

A propaganda do PR que está sendo veiculada esta semana na televisão é de um profundo mau gosto, para dizer o mínimo. Na verdade, a peça é um acinte à inteligência dos brasileiros. A pretexto de ser engraçado, o comercial mostra o palhaço Tiririca, não o deputado Tiririca, dizendo que aprendeu várias coisas em Brasília, entre elas, que não pode empregar parentes no seu gabinete. E aí, emenda: "Viu pai, vai continuar catando latinha na rua, e mãe vai continuar lavando roupa pra fora". O que o PR pretende com isso? Dizer que o combate ao nepostimo é um erro, pois impede que parentes de parlamentares melhorem de vida? Se for isso, é grave, gravíssimo. Se não for, é apenas uma piada de péssimo gosto.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Um recorde que o mauricinho narigudo esconde


O frango que Rogério Ceni, o mauricinho narigudo do time do Jardim Leonor, tomou no domingo passado, fechando a impiedosa goleada corinthiana, foi o 81º gol que o narigudo tomou do Corinthians em 53 jogos disputados, média de 1,52 gols por jogo. Ele, que gosta de recordes e se vangloria deles, esconde esse da sua trajetória: Rogério Ceni foi o goleiro que mais gols sofreu do Time do Povo. Bem abaixo dos 81 gols que ele tomou do Timão vem um goleiro, esse sim, fantástico: Oberdan Catani, daquele time de verde, que tomou 64 gols em 34 jogos.
E o Corinthians tem mais para a história de recordes do mauricinho narigudo. O milésio gol que ele sofreu na carreira, em 2009, foi marcado por Elias do Corinthians.
Talvez seja por isso que o narigudo odeia tanto o Timão do Povo.
Tadinho!

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Compre sempre frangos com a marca Rogério Ceni. São garantidos.

Sensacional o novo comercial do frango Rogério Ceni. Um frango suculento sempre é mais saboroso. Veja aqui.

Corinthians, o único

Eu nem ia falar nada do massacre de ontem no Pacaembu contra os bambis. Primeiro porque ganhar do time do Jardim Leonor é comum. Depois, porque fregueses, principalmente tão assíduos como esses, merecem sempre ser bem tratados. Mas não posso deixar de compartilhar com meus parceiros desse Baralho a 4 a brilhante coluna do meu amigo Juca Kfouri, no Caderno de Esportes, da Folha de São Paulo, de hoje, cujo título é Corinthians, o único. Ela explica, ou tenta explicar para os não corinthianos, o que nos faz ser diferentes de todos os outros times e suas respectivas torcidas, e o que nos faz ser tão odiados por eles, os outros.
Vale a pena ler:

JUCA KFOURI

Corinthians, o único


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Quando ganha, quando perde e até nos triunfos dos rivais, o alvinegro mostra ser clube único
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ÚNICO INVICTO entre os paulistas neste Campeonato Brasileiro; único time a derrotar, e golear, o líder São Paulo até aqui; único a jamais ter feito a festa que os santistas fazem pela terceira vez, assim como os tricolores já fizeram outras três e os palmeirenses ao menos uma; este é o Corinthians, único também entre os grandes de São Paulo sem casa própria.
E foi no Pacaembu, na casa que virou sua sem sê- -la, que o Timão se aproveitou dos desfalques são- -paulinos e o venceu sem dificuldades depois que o tricolor ficou com dez em campo, ainda no primeiro tempo.
Os 5 a 0 foram a exata tradução da superioridade alvinegra, coroada com olé e uma infinidade de bolas entre as pernas.
Pois o Corinthians é tão grande, e aparentemente tão mais importante que os rivais, embora não possa concorrer com nenhum deles na relevância dos troféus conquistados, que impressiona como nenhum de seus adversários festeje coisa alguma sem fazer questão de lembrá-lo.
Se é ainda polêmica a tese freudiana sobre a inveja que a mulher teria do pênis, parece indiscutível o ciúmes que o tamanho da torcida corintiana desperta em seus concorrentes.
Porque não há outra explicação para as inúmeras agressões à nação corintiana em meio aos mais que justificados festejos praianos, assim como acontece quando a festa é alviverde ou tricolor - ou até mesmo rubro-negra e colorada.
Se é raro que o Corinthians tenha uma direção que chame a atenção por suas qualidades, como na época dourada da "Democracia Corinthiana", é frequente que se veja apontados entre os defeitos do seu comando os mesmos que se apresentam nos demais clubes.
E se o Corinthians não é o único dos grandes paulistas a conhecer a segunda divisão, só ele ganhou o primeiro Mundial de Clubes da Fifa, apesar de também apenas ele ter o título contestado.
Quem sabe um dia o Corinthians seja visto como mais um, depois de ganhar sua Libertadores e inaugurar o seu estádio, sobre o qual, com razão, pairam as mesmas críticas que um dia recaíram sobre o Morumbi, justa ou injustamente.
Porque imaginar o Corinthians com torcida menor do que alguém é perda de tempo, o que deixa um único caminho aos rivais: o de se dar conta que se nem festa são capazes de fazer sem lembrar a existência corintiana é porque importante mesmo é quem é sempre lembrado.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

O Santos não é o Brasil na Libertadores, é só o Santos!

Hoje é a noite de se ouvir dos locutores esportivos na tv que o Santos é o Brasil na final da Libertadores. Essa é a maior mentira que costuma se repetir eventualmente. O Santos não é o Brasil, na Libertadores. O Santos é apenas o Santos. Um time do litoral que não fosse o Pelé seria até hoje um time de segunda grandeza, assim como são a Ponte Preta, o Guarani, a Ferroviária, o São Caetano, o Noroeste, enfim, os times do interior paulista. O Santos não é o Brasil, como o Corinthians, o Flamengo, o Fluminense, o Vasco, o São Paulo, o Inter, o Grêmio, o Cruzeiro, o Atlético Mineiro também não seriam. Os torcedores do Flamengo jamais torceriam pelo Vasco numa final de Libertadores, assim como os do Grêmio jamais torceriam pelo Inter, os do Cruzeiro pelo Galo, os do Corinthians pelo Palmeiras, e vice-versa. Eu, como bom corinthiano, torcerei, é claro, pelo glorioso Peñarol, time de muito mais tradição do que o Santos. E espero que os uruguaios calem a boca dos santistas e dessa imprensa esportiva ufanista e exagerada.
Dá-lhe Peñarol!!!!!!!!!!!!!

terça-feira, 21 de junho de 2011

Lembrar para que não se esqueça, não esquecer para que nunca mais aconteça!

Esse é o lema que deveria nortear o governo da presidente Dilma em relação à Comissão da Verdade, à regulamentação do sigilo de documentos oficiais e, principalmente, à localização dos corpos dos desaparecidos políticos. As vacilações da presidente Dilma, em relação à esse assunto, são inadmissíveis. Ainda mais se considerarmos o seu passado de ex-militante de esquerda, ex-presa política, que foi barbaramente torturada nos porões da ditadura. Agora presidente, a companheira Estela deveria usar sua autoridade para abrir os arquivos da ditadura, localizar os corpos dos desaparecidos políticos e, acima de tudo, apurar os crimes cometidos pelos agentes da repressão e entregá-los à Justiça, a quem cabe a decisão de puni-los ou não. Nada justifica ou explica essa enrolação que tem marcado o comportamento de Dilma Roussef em relação à esse assunto. De quem se tem medo?

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Bebê não viu a bola

Esse é o título da coluna de Fernando Calazans, no Globo de hoje, comentando a pífia partida do Neymala no jogo de quarta-feira contra o Peñarol, em Montevidéu. Ainda bem que existem jornalistas esportivos sérios, como o Calazans, para falar as coisas que a maioria da imprensa esportiva esconde. Calazans, que é da mesma escola de jornalismo esportivo de outros craques como José Trajano e Juca Kfouri, define com precisão o caráter de Neymala: "Neymar é um jogador de futebol profissional, e já ando um pouco farto de vê-lo dando cambalhotas no campo, e depois inventando que o juiz o está ameaçando de expulsão. Quem ameaça o Neymar de expulsão é ele próprio, com seu comportamento de "bebê mimado" e seu vício de estrelismo no campo com gestos que não sejam aqueles exatamente de jogar o bolão que ele joga".
Brilhante, preciso, cirúrgico e profético texto.
Já vi esse filme antes, aliás, na mesma Vila, com um tal de Robinho, cantado em prosa e verso quando surgiu e hoje um arremedo de jogador de futebol, que mais se parece com um artista de circo. Mambembe, por sinal.
Neymala será o próximo.
Escrevam.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Neymala amarelou!


Bastou um simples, justíssimo e merecido cartão amarelo por uma grotesca e ridícula simulação de falta para que Neymala, o queridinho da mídia, amarelasse definitivamente e fizesse uma partida pífia ontem em Montevidéu. Fosse Neymala o gênio da raça que dizem que ele é, teria chamado a responsabilidade para si e comandado o time da Baixada Santista. Mas, como é apenas um jogador acima da média, bom jogador, é verdade, mas não o gênio que acham que é e que ele acredita ser, Neymala sumiu do jogo e não fez nada. Os jornais de hoje, é claro, amenizam a ridícula atuação do seu queridinho. Neymala é a versão futebolística daquele comportamento muito bem definido por Chico Buarque: falam grosso com a Bolívia e fino com os Estados Unidos. No caso de Neymala, arrasam com o Naviariense, mas afinam com o Peñarol!
Agora é esperar a semana que vem no jogo da volta no Pacaembu. Mas, pelo andar da carruagem, Neymala vai amarelar de novo e a noite será preta e amarela. Dá-lhe Peñarol!!!!!!!!!!!

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Vista assim do alto....

Sempre que viajo de avião, sento nas poltronas do corredor, mas hoje, voltando de São Paulo, num vôo lotado, acabei sentando na janelinha e, ao chegar em Brasília, levei um susto. A visão de Águas Claras, com seus espigões, é assustadora. Parece uma São Paulo incrustrada no Planalto Central. O contraste dos espigões com a placidez das outras cidades e do Plano Piloto chega a ser chocante. Hoje vi, do alto, o mal que a especulação imobiliária fez à nossa cidade. E, mais uma vez, fortaleci minha tese de que Brasília deve muito a dois ex-governadores: Elmo Serejo, por ter feito o Parque da Cidade; e José Aparecido, por ter lutado e conquistado o tombamento da cidade pela Unesco como Patrimônio Cultural da Humanidade. Não fossem essas duas coisas, a especulação imobiliária já teria transformado Brasília num inferno.

Trajano, cidadão da Paulicéia Desvairada


Nunca dei muita bola para esses títulos de cidadão honorário, mas a solenidade de entrega do título de Cidadão Paulistano ao jornalista José Trajano, diretor de jornalismo da ESPN-BRASIL, na noite de ontem, na Câmara Municipal de São Paulo, foi emocionante. Carioca, nascido no Meyer e criado na Tijuca, torcedor fervoroso do América, Trajano chegou em São Paulo em 1975 e adotou a Paulicéia Desvairada como a sua morada. Trajano é, sem dúvida nenhuma, o carioca mais paulistano do Brasil e a cara da Paulicéia Desvairada. Jornalista consagrado, irriquieto, intransigente com os princípios éticos e com a busca permanente da qualidade e da perfeição, Trajano é um exemplo para todos os jornalistas brasileiros, não só os esportivos. Convivi intensamente com ele de 1975 a 1977, quando mudei para Brasília, e guardo para sempre os exemplos de amizade, lealdade, firmeza, combatividade, irreverência, independência e dignidade pessoal e profissional que são marcas registradas de José Trajano. Ontem, ouvindo seus colegas de ESPN saudá-lo, tive a certeza de que Trajano é um mestre que está formando uma geração de jornalistas esportivos neste país que veio para ficar e para mostrar que há sim luz no fim desse túnel nebuloso em que se transformou o jornalismo esportivo brasileiro. Me orgulho muito de ter José Trajano como um amigo do peito, daqueles que nem o tempo, nem a distância, conseguem afastar. Os anos em que convivemos intensamente, inclusive dividindo a mesma casa, ficaram para sempre marcados em minha trajetória profissional e, acima de tudo, pessoal. Trajano é daquelas pessoas que quando entram nas nossas vidas ficam para sempre. Obrigado, Trajano, por me ensinar, na prática, que a utopia serve para que a gente nunca deixe de caminhar!

terça-feira, 14 de junho de 2011

Adeus, Adãozinho!


O ex-jogador Adãozinho morreu na noite do último domingo, aos 59 anos.
Meia-esquerda do Corinthians entre 1971 e 1978, Adãozinho participou do elenco corintiano campeão paulista em 1977, título que encerrou um jejum de 23 anos sem conquistas do time do povo.
Mas seu maior feito aconteceu mesmo no seu quinto jogo com o manto sagrado do Timão, num clássico contra aquele time de verde, no dia 25 de abril de 1971.
Foi um jogo emocionante e é o meu jogo inesquecível.
Eu estava na arquibancada daquele lugar no Jardim Leonor que antigamente era um estádio de futebol e hoje é uma casa de shows. Era uma tarde fria, com a típica garoa paulistana. O time de verde estava arrasador no primeiro tempo e fez 2 a 0. O jogo parecia perdido. No intervalo, o técnico Francisco Sarno, do Timão, colocou o garoto Adãosinho, criado nas categorias de base, que mudou a cara do jogo. Mirandinha fez o primeiro gol do Timão. E aí aconteceu a cena mais emocionante que eu já vi num estádio de futebol. Aos 24 minutos, Adãosinho empatou. Foi dada a saída e aos 25 minutos Leivinha fez 3 a 2 pro time de verde. Foi dada nova saída e aos 26 minutos, Tião fez 3 a 3. Ou seja, 3 gols em 2 minutos, um atrás do outro. No finalzinho do jogo, Mirandinha marcou o gol da virada corinthiana - 4 a 3. Uma vitória heróica, épica, corinthiana, comandada pelo jovem Adãosinho, reserva de Rivelino.
Só isso bastava para que Adãozinho entrasse na galeria dos heróis da história corinthiana. Mas ele fez mais e integrou o elenco que conquistaria o história título de campeão paulista de 1977, e foi autor do passe para o primeiro gol de Palhinha, de nariz, na primeira partida das finais contra a Ponte Preta.
Valeu, Adãozinho. Obrigado por ter me permitido viver essa emoção. Descanse em paz.
Veja aqui os gols desse jogo inesquecível.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Palocci e o sigilo

A coluna Panorama Político de O Globo publica, hoje, uma nota contando uma piada que circula entre petistas, dizendo que Buda Palocci tem sérios problemas com o sigilo. Caiu do Ministério da Fazenda do governo Lula porque quebrou o sigilo bancário do caseiro. Agora cai da Casa Civil do governo Dilma porque manteve em sigilo os nomes dos clientes de sua fenomenal consultoria. Realmente, sigilo não combina com Palocci.

terça-feira, 7 de junho de 2011

O sapo e a princesa

Buda Palocci não resistiu e pediu pra sair. Pro seu lugar irá a charmosa senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR). Saiu o sapo, entrou a princesa. Boa troca.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Quousque tandem.....

A entrevista do Budalocci ao Jornal Nacional não serviu pra nada. Ele não disse nada que ajudasse a resolver a crise. Manter Antonio Catilina Palocci no governo continua inexplicável.
Portanto, lá vai meu mantra: Quousque tandem, Palocci, abutere patientia nostra?"

Tem até escritor na Academia

Excelente a matéria da Folha de São Paulo de sábado sobre a composição da Academia Brasileira de Letras. Eu acho uma bobagem essa Academia. Inútil, desimportante, totalmente dispensável. Mas há quem goste. Goste tanto, aliás, que se candidata a ocupar uma das suas cadeiras. A eleição do jornalista Merval Pereira, autor de dois livros que, na verdade, são colagens de colunas publicadas em jornais, reaviva a discussão sobre os requisitos para integrar a Casa. Lendo a relação dos atuais 40 imortais, a gente encontra políticos, como José Sarney e Marco Maciel, jornalistas, o cirurgião plástico Ivo Pitanguy e até mesmo escritores. Numa análise rigorosa, dos 40 acadêmicos encontrei apenas oito escritores de verdade: Alberto da Costa e Silva, autor do fantástico "A Enxada e a Lança", sobre a África, João Ubaldo, Lygia Fagundes Telles, Ana Maria Machado, Ariano Suassuna, Carlos Heitor Cony, Ledo Ivo e Nélida Piñon. É pouco. Muito pouco.

Não dá pra entender

Eu sempre me incomodei com o fechamento da entrada do Ceasa aos domingos, o que torna um inferno a vida de quem vai à Feira dos Importados. Nada justifica que aquela área pública seja fechada ao acesso de carros aos domingos, mesmo que os boxes do Ceasa não funcionem. Ficava muito irritado ao lembrar que a administração do Ceasa era privada e essa decisão representava a privatização de uma área pública. Ali é rua e o acesso a ela deve ser livre. A situação é mais grave, ainda, agora que o GDF retomou a administração do Ceasa. O estacionamento continua fechado aos domingos. Não há nada que justifique tal medida, até porque, ali, além do acesso à Feira dos Importados, existem agências bancárias e outros estabelecimentos comerciais. Mesmo com os boxes do Ceasa fechados aos domingos, fechar o acesso a uma área pública e ao estacionamento público, que alivia o congestionamento na Feira dos Importados, é um absurdo.
Realmente, não dá pra entender....

sexta-feira, 3 de junho de 2011

É Hoje!


O mundo vai parar hoje à noite para ouvir Buda Palocci explicar no Jornal Nacional como enriqueceu tanto em tão pouco tempo. De duas, uma: ou ele será tão convicente que vira garoto propaganda do Brasil Sem Miséria, ou vai continuar nos enganando, como tem feito até agora.
Cícero, Cícero, reencarne no Senado e brade: "Quousque tandem Palocci, abutere patientia nostra!"

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Quousque tandem.....

Os jornais de hoje deixam claro que a cada dia que passa piora a situação do ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Catilina Palocci. A Folha de São Paulo, por exemplo, revela que a senadora Glesi Hoffmann(PT-PR), uma das mais aguerridas defensoras do governo Dilma no Congresso Nacional e esposa do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, do alto da sua elegância sugeriu, durante um almoço oferecido ao ex-presidente Lula, o afastamento de Palocci do cargo até que todas as suspeitas sobre o seu enriquecimento sejam definitivamente esclarecidas. Nota do Panorama Político de O Globo, informa que os senadores Pedro Simon(PS), Luiz Henrique(SC) e Cacildo Maldaner(SC), todos do PMDB, disseram que vão assinar o requerimento da CPI do Palocci. Sabe-se que o senador Roberto Requião(PR) também está disposto a assinar a CPI. O ex-governador Anthony Garotinho(PR-RJ) alardeia que tem um diamante de R$ 20 milhões nas mãos e que pretende usá-lo para chantagear o governo. Ou o governo faz o que ele quer - e olha que esse pessoal tem um apetite voraz - ou eles assinam a CPI do Palocci. Essa semana, o governador da Bahia, o petista Jacques Wagner e o senador Walter Pinheiro, também petista baiano, abriram a fila das declarações contra Palocci. Com jeitinho, mas contra.
Ou seja, não dá para entender a insistência do governo em manter Palocci no cargo. Essa teimosia está custando caro a Dilma, constrangendo os aliados, deixando o governo refém do PMDB e de outros partidos menores, e fazendo-o sangrar dia após dia, dando um sopro de vida à moribunda oposição tucana e demo.
Até porque, como bem definiu, com sua elegância absoluta, a senadora Gleisi Hoffmann, Buda Palocci compromete o governo por causa de seu enriquecimento, um projeto exclusivamente pessoal, bem diferente, por exemplo, do mensalão que era um projeto político e coletivo.
Não há articulação política que explique essa teimosia. Como disse, ontem, em seu blog, o jornalista Hélio Doyle, "aí tem coisa". Não há cientista político que consiga explicar essa atitude meio autista de Dilma e do próprio Buda Palocci.
Cada vez mais está na hora de Cícero, o velho senador romano, reencarnar no plenário do Senado e bradar sua Catilinária: Quousque tanden, Palocci, abutere patientia nostra!