sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Chama os profissionais, Dilma!

As denúncias de corrupção que inundaram a Esplanada dos Ministérios, a crise na base aliada, as demissões de ministros, a queda nas pesquisas, a crise econômica internacional, entre outros fatores, deixaram evidente uma coisa que todo mundo já sabia: a presidenta Dilma Roussef pode até ser uma gerente eficiente e uma administradora competente, mas é uma nulidade política. Dilma não gosta de fazer política. E, ao que tudo indica, não sabe. Tem horror aos políticos e detesta a principal matéria-prima da política: a conversa ao pé de ouvido, a negociação, o diálogo. Dilma gosta de mandar, de gritar, de cobrar metas. O que pode ser bom, se vier acompanhado de habilidade política.
E isso não está acontecendo. Essa semana , por exemplo, houve mais uma daquelas inúteis e intermináveis reuniões do Conselho Político do governo, onde até o caricato Levy Fidélis, do não menos caricato PRTB, tem assento, e não se falou uma única palavra sobre a crise política.
Pelo andar da carruagem, ou Dilma chama os profissionais da política, ou seu governo será uma interminável sucessão de crises.
A substituição de Palocci pela graciosa Gleisi Hoffman não resolveu esse problema. Como disse a própria Dilma, Gleisi é a Dilma da Dilma. Mas, cá entre nós, Dilma precisa mesmo de uma Dilma? Claro que não. Lula precisava de uma Dilma para controlar a máquina e deixá-lo livre para fazer o que ele mais gosta e sabe melhor: política. Já Dilma, precisa de um Lula, para deixá-la livre para cuidar da máquina e fazer política por ela.
A política não é para amadores, mas para profissionais. E já está passando da hora de Dilma convocar os profissionais.

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