terça-feira, 31 de maio de 2011

Cala a boca, Magda!

Nunca gostei do Lobão cantando. Falando, então, ele é uma lástima. A última do falastrão foi de doer. Segundo a Folha de São Paulo de hoje, o roqueiro, em palestra no Festival da Mantiqueira, no interior de São Paulo, entre aplausos e vaias, classificou a esquerda brasileira de “gente rancorosa e invejosa". Lobão afirmou que há “um excesso de vitimização na cultura brasileira... Essa tendência esquerdista vem da época da ditadura. Hoje, dão indenização para quem seqüestrou embaixadores e crucificam os torturadores que arrancaram umas unhazinhas".
Lobão não deveria falar sobre o que não sabe. Sua fala sobre os torturadores que "arrancaram umas unhazinhas" além de um desrespeito a todos os que lutaram contra a ditadura e foram barbaramente torturados, mostra bem a desinformação e a indigência mental dessa criatura. Ou então, é má fé mesmo. Surto agudo de reacionarismo.
Como dizia um antigo bordão da televisão: "Cala a boca, Magda"!

Quousque tandem.....

O beato Antonio Palocci, aquele que multiplica o próprio patrimônio, continua dando trabalho ao governo da presidente Dilma, constrangendo parlamentares, aliados e militantes, e não conseguindo explicar o inexplicável. A situação é tão constrangedora que já começam a surgir, dentro do PT, vozes discordantes da blindagem absoluta de Palocci. O governador da Bahia, Jacques Wagner, foi o primeiro a insinuar que o caso Palocci é "estranho". Hoje é a vez do senador Walter Pinheiro, também da Bahia, dizer que a crise não é do governo, nem do PT, mas exclusivamente do próprio Palocci, "que já deveria ter fornecido as informações sobre seu rápido enriquecimento". As manifestações dos dois petistas baianos podem ser a senha para um movimento mais intenso pela saída, ainda que temporária, de Palocci do governo. Na verdade, a situação de Palocci fica cada dia mais complicada, complicando, de tabela, a situação do governo. Está passando da hora de surgir um Cícero e bradar aos quatro ventos: "Quousque tandem, Palocci, abutere patientia nostra?"

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Vem aí o Fielzão!

Eu nunca me incomodei com o Corinthians não ter um estádio à altura da sua grandeza para mandar seus jogos. Sempre achei que o Corinthians é maior do que qualquer estádio. Pra quê estádio se temos o charmoso Pacaembu, se sempre lotamos o Panetone do Jardim Leonor - hoje transformado numa casa de shows, se dividimos o Maracanã ao meio. Não ter estádio nunca foi problema para o Corinthians e sua Fiel Torcida. Mas as oportunidades apareceram e, a partir de hoje, o Fielzão começou a sair do papel, em Itaquera, que será a nova casa do Corinthians e a sede da Copa 2014 em São Paulo.
Agora é pra valer. Os outros têm mais um motivo para morrer de raiva e inveja. Em breve, vamos inaugurar o Fielzão e sepultar de vez o ridículo e superado Panetone do Jardim Leonor.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Mais uma bobagem


Títulos de cidadão honorário de Brasília são uma bobagem e um dos exemplos da mediocridade que impera na Câmara Legislativa do Distrito Federal. Na sua curta história, a Câmara Legislativa distribuiu uma enorme quantidade desses títulos, a maioria para ilustres desconhecidos, amigos, apadrinhados, cupinchas dos deputados distritais. São raros, raríssimos, aliás, os títulos de cidadão honorário que realmente se justificam. Dados para personalidades que efetivamente contribuiram para a vida política, econômica, cultural da nossa cidade. Pode se contar nos dedos da mão.
Esta semana, por iniciativa do deputado distrital Cristiano Araújo (PTB), a Câmara Legislativa concedeu o título de Cidadão Honorário de Brasília ao líder da banda Asa de Águia, o baiano Durval Lelis.
Mais uma bobagem. O que Durval Lelis fez por Brasília para merecer essa honraria? Que eu saiba nada. Ou melhor fez sim: poluiu os nossos ouvidos com sua música barulhenta e sem graça e ganhou muito dinheiro de nossa gente vendendo abadás e ingressos da Micarecandanga e outros shows de axé que já fizeram sucesso na cidade, vendendo, e vendendo caro, mediocridade para a nossa juventude.
Bem que o deputado Cristiano Araújo poderia perder seu tempo com coisas mais importantes....

Lugar de religião é na igreja. Não no governo.

Pode até ter sido mera coincidência, mas pegou muito mal a decisão da presidente Dilma (me recuso a chamá-la de presidenta) de suspender a distribuição do kit anti-homofobia, preconceituosamente chamado kit-gay , às escolas, criticado por grupos religiosos, como forma de acalmar a bancada evangélica no Congresso Nacional que ameaçava assinar o requerimento da CPI do Palocci. A mídia associa o cancelamento da distribuição do kit a um acordo para que os evangélicos se acalmem e ajudem na blindagem de Palocci. Que, por sinal, fica cada dia mais complicado.
Não vou julgar Palocci, embora o que tenho lido sobre seus milionários rendimentos me incomode muito. Nem vou julgar a qualidade do tal kit que, aliás, não conheço. Mas tomar qualquer decisão de Estado por pressão de grupos religiosos é muito ruim para qualquer governo, principalmente para um governo de uma mulher de passado de esquerda e de luta.
O Estado é laico e as religiões, quaisquer que forem elas, devem se manter fora das decisões de Estado.
Tá na hora de acabar com essa hipocrisia.
Lugar de religião é na igreja, nos templos, nos terreiros. Lugar de governo é no Palácio e no Congresso. Misturar as duas coisas nunca deu certo.
Dilma começa a escorregar perigosamente. E, cá entre nós, a culpa é do Palocci.
Será que não tá na hora dele pedir pra sair?

quarta-feira, 25 de maio de 2011

O novo manto dos guerreiros de São Jorge

O Corinthians lançou hoje, oficialmente, a sua camisa III para a temporada 2011. Na cor grená, a camisa tem do lado direito uma reprodução da imagem de São Jorge. O novo manto, que será usado pela primeira vez no domingo no jogo contra o Coritiba, no Pacaembu, é uma homenagem ao time italiano do Torino.
Muitos já ouviram falar, mas poucos conhecem a bela história envolvendo o Corinthians e o Torino. A ligação entre as duas equipes teve início em 1914, ano no qual o clube italiano excursionava pela América do Sul. A partida do dia 15 de Agosto, realizada no estádio do Pacaembu, marcou o primeiro amistoso internacional do Timão. Vitória do Torino por 3 a 0. Em 1948, o Torino retornou ao Brasil para enfrentar novamente o Corinthians, no Pacaembu. Desta vez, quem levou a melhor foi a equipe do Parque São Jorge. Vitória corintiana por 2 a 1, com gols de Baltazar e Colombo. Um ano após o segundo amistoso entre Corinthians e Torino, o mundo do futebol sofreu com o trágico acidente envolvendo o clube italiano. No dia 4 de maio de 1949, o avião FIAT G212 da companhia Aeritalia chocou-se contra a fachada da basílica que domina a colina de Superga, situada nos arredores de Turim. O avião transportava a equipe e toda comissão técnica do Torino (31 pessoas). O acidente ficou conhecido como a "Tragédia de Superga". No Brasil, no final do mesmo mês, diante o Pacaembu lotado, o Corinthians enfrentou a equipe da Portuguesa e a renda da partida, que teve vitória corintiana, foi destinada aos familiares dos jogadores vítimas da tragédia de Turim. O presidente do Conselho Deliberativo do Corinthians, Sr. Maximiliano Ximenes, chegou a fazer um discurso que provocou lágrimas na platéia. Mas a grande surpresa ficou por conta do uniforme utilizado pelo Corinthians no jogo. Os jogadores do Timão vestiram o uniforme grená do Torino.
A homenagem é emocionante e a camisa é linda! Já comprei a minha.

Capital Brasileira do Basquete

Para uma cidade de apenas 51 anos e sem tradição esportiva, foi emocionante ver 20 mil pessoas lotarem o Nilson Nelson para empurrar o time de basquete do Brasília-Uniceub-BrB para o bi-campeonato brasileiro de basquete. Foi um espetáculo emocionante. O jogo foi fácil e o Brasília venceu com folga o time de Franca por 77 a 68, tendo ficado à frente do placar desde os primeiros segundos do jogo. Franca fez 3 a 2 e daí em diante só deu Brasília. Mas emocionante mesmo foi ver a torcida gritar os nomes de Alex, Nezinho, Guilherme, Artur, Cipriano, Tischer, saudados como verdadeiros ídolos do esporte brasiliense.
Melhor do que isso é ver que esses ídolos conquistaram seu espaço no coração dos brasilienses graças a um trabalho sério e competente, bem diferente das tentativas frustradas do futebol candango, que nunca deram certo, e sempre estiveram misturadas com a manipulação política, com Gama e Brasiliense, que hoje, felizmente, amargam as divisões inferiores do futebol brasileiro.
Brasília já tem seus ídolos esportivos. Alex, Nezinho, Guilherme, Artur, Cipriano, Tischer conquistaram os brasilienses com sua garra, seriedade e competência.
É muito bom ver o basquete voltar a lotar ginásios, ocupando de novo o lugar de segundo esporte no coração dos brasileiros.
Parabéns ao Brasília. Exemplo de postura e conduta que nos enche de orgulho e sepulta definitivamente as maracutaias, manipulações políticas e outras cositas mas dos nossos carcomidos, decadentes e derrotados cartolas do futebol.
P.S.: Não custa lembrar que, em fevereiro, os atletas do Brasília estiveram visitando a quadra da ARUC, num dos ensaios do Carnaval 2011. Um encontro de campeões....

terça-feira, 24 de maio de 2011

Pondo os pingos nos is

O deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), relator do Código Florestal, enviou uma Carta Aberta à Presidente Dilma Roussef (desculpe, mas não consigo chamá-la de presidenta), explicando alguns dos pontos polêmicos de seu relatório. A Carta Aberta do deputado Aldo Rebelo é um primor e, seu último parágrafo, sintetiza com clareza o que está em jogo nesse debate:
"Confio na Vossa sensibilidade de chefe da Nação para arbitrar com equilíbrio e espírito humanitário a necessidade de combinar preservação ambiental e interesses da agricultura e do povo brasileiro. ONGs internacionais para cá despachadas pelos países ricos e sua agricultura subsidiada pressionam para decidir os rumos do nosso País. Eles já quebraram a agricultura africana e mexicana, com as consequências sociais visíveis. Não podemos permitir que o mesmo aconteça no Brasil. Termino relembrando o Padre Vieira quando alertou em um dos seus sermões: “Não vêm cá buscar nosso bem, vêm buscar nossos bens.”
Aldo toca numa questão chave que muitos dos nossos ambientalistas e eco-chatos fizem desconhecer: por trás de ONGs internacionais que dizem defender o meio-ambiente se esconde o interesse econômico das grandes potências mundiais, especialmente os Estados Unidos, em controlar e explorar as nossas riquezas naturais. O que nós precisamos e devemos fazer é buscar um equilíbrio entre a preservação da natureza e o desenvolvimento econômico, principalmente da nossa agricultura.
Aldo acertou na mosca.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Odorico Paraguassú reencarna em Lagarto

Odorico Paraguassu, o imortal personagem de Dias Gomes, em O Bem Amado, quem diria, reencarnou em Lagarto, município do interior de Sergipe, na noite de sexta-feira. Se Odorico Paraguassú construiu um cemitério que não conseguia inagurar por falta de mortos, o prefeito de Lagarto, Valmir Monteiro, fez melhor: inagurou uma Delegacia de Polícia, construída com recursos do Governo do Estado, com uma imensa briga entre grupos políticos rivais, que chegou a constranger o governador de Sergipe, Marcelo Déda, presente à solenidade. Inaugurar uma Delegacia com uma briga é coisa pra Odorico Paraguassu nenhum botar defeito.

Brasília roubado em Franca

O basquete é um jogo emocionante, onde as atuações dos juízes são difíceis de ser avaliadas. Falta em basquete é quase sempre imperceptível aos olhos dos simples mortais. Ou então, pra nós, mortais, tudo é falta. Apesar de ser leigo completo nas regras do jogo, deu pra perceber que o time de basquete do Brasília foi escandalosamente roubado ontem à noite, em Franca, no terceiro jogo das finais no NBB. Pelo menos umas 4 faltas inexistentes foram marcadas contra o Brasília, segundo os comentaristas do Sportv, que acabaram sendo decisivas para a derrota do time por apenas um ponto de diferença contra Franca - 93 a 92. Não fosse isso, o Brasília teria ganho o terceiro jogo e conquistado o bi-campeonato. Mesmo assim, no último lance do jogo, por muito pouco Alex não faz a cesta do título, num arremeso que bateu no aro. Mas, tudo bem, com a derrota o Brasília tem a chance de ser campeão amanhã, no Nilson Nelson, na presença da sua torcida.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Um exemplo de mau jornalismo

A matéria de abertura da sessão Brasil, da revista Veja, desta semana (Edição 2217), é um exemplo do mau jornalismo praticado nos últimos anos pela principal revista semanal do país. A Veja, onde eu trabalhei quase 8 anos, e que nos velhos tempos era um exemplo de bom jornalismo, de uns tempos pra cá se transformou num ridículo panfleto anti-Lula, anti-PT, anti tudo que represente o avanço, o progresso, a democracia. Essa matéria deveria ser leitura obrigatória nas escolas de jornalismo de todo o país para que os alunos saibam como não deve ser feita uma matéria.
Assinada por um certo Igor Paulin e intitulada Eles querem cassar seu voto, a matéria induz o leitor, maldosamente, a acreditar que a proposta de voto em lista partidária pré-ordenada, que está sendo discutida pelo Congresso Nacional e já foi aprovada na Comissão de Reforma Política do Senado, representa uma cassação do direito de voto dos cidadãos. Mentira deslavada. A matéria diz que a proposta "retira dos eleitores brasileiros o direito, previsto na Constituição, de votar diretamente em seus candidatos para deputado federal, estadual e vereador". Mentira. O sistema de voto em lista não cassa o direito de voto do eleitor. A única mudança é que o voto passa a ser no partido e não mais em nomes. Somados os votos e feitas as distribuições das vagas entre os partidos, ocupam as vagas os primeiros nomes da lista aprovada pelas convenções de cada partido, de acordo com o número de vagas de cada legenda. O que a matéria(?) não diz é que esse sistema é adotado na maioria dos países democráticos do mundo, fortalece o sistema partidário, torna a campanha eleitoral mais barata, impede o domínio e o abuso do poder econômico e faz com que o debate se trave em torno de ideias, propostas e plataformas políticas e não apenas no nome ou na popularidade desse ou daquele candidato. É, portanto, muito mais democrático que o sistema hoje adotado.
Tudo isso, Veja não diz, é claro. Prefere mentir e iludir o leitor, dizendo que o sistema de voto em lista pré-ordenada é uma invenção bolchevique, pós-revolução russa. O que é uma asneira e uma bobagem sem tamanhos.
Para completar o panfleto, a tal "matéria" é ilustrada com uma fotomontagem ridícula e totalmente fora de propósito, mostrando lideranças petistas - Lula, Rui Falcão, Zé Dirceu, Ricardo Berzoini e Aloísio Mercadante, vestidos como se fossem dirigentes soviéticos.
Outra bobagem e exemplo de como não se deve fazer jornalismo.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Programa de índio

A ainda deputada federal Jaqueline Roriz entende tanto de índio, quanto eu entendo de bois e bezerros. Ninguém consegue explicar o seu interesse em participar de um Fórum Permanente para Comunidades Indígenas, na sede da ONU, em Nova Iorque, representando a Câmara dos Deputados, mesmo sem ter sido autorizada pelo presidente da Câmara, Marco Maia. O curioso é que a viagem acontece na mesma semana em que a deputada deveria prestar depoimento no Conselho de Ética sobre as denúncias de que recebeu dinheiro do delegado-cineasta Durval Barbosa, no famoso Mensalão do DEM. Se ainda fosse um simpósio sobre gabo zebu, ainda vá lá....

Lições do velho Ulysses

Uma nota na coluna de Ancelmo Gois, no Globo de hoje, lembra que nunca foi tão válido o “Decálogo do estadista”, escrito pelo saudoso Ulysses Guimarães, que, em seu artigo 8, citava Agamenon Magalhães: Político não compra nem vende nada.
Nos tempos em que é normal ministros e parlamentares enriquecerem com seus negócios particulares, exercidos durante o exercício do mandato, é sempre bom reler o Decálogo do Estadista, do velho Ulysses. Quantos aprendizes de estadista, que andam por aí, atendem os requisitos do Décalogo?
Ai vai um resumo:

DECÁLOGO DO ESTADISTA
Ulisses Guimarães

1 - CORAGEM - O pusilânime nunca será estadista. Churchill afirmou que das virtudes, a coragem é a primeira. Porque sem ela, todas as demais, a fé, a caridade, o patriotismo, desaparecem na hora do perigo. (....)
2 - VOCAÇÃO – O estadista nasce, é o encontro de um homem com seu destino. O estadista é um animal político. (....)
3 - TALENTO - Não há estadista burro. Há de ser talentoso, embora possa não ter cultura. (....) Como o samba, o talento não se aprende na Academia. (....)
4 - CARÁTER - Na conceituação de Milton Campos, o estadista tem "a posição de suas ideias e não as ideias de sua posição". (....) Político de caráter é fiel - às ideias, não à carreira. (....)
5 - SORTE - Azarado não pode ser estadista. (....)
6 - ESPERANÇA - Estadista é o arquiteto da esperança. Não é coruja que só pia agouro, nem Cassandra de catástrofes.
7 - PACIÊNCIA - A impaciência é uma das faces da estupidez. Paciência é a competência para fazer a hora, não se precipitar (....) Saber escutar é um dom político. (....)
8 - "NÃO SERVIRÁS A DOIS SENHORES" - A política não divide o tempo, a ocupação e as preocupações com nenhuma outra atividade. Político não compra nem vende nada. (....)
9 - AUTORIDADE - A autoridade é um atributo inato. É consubstancial ao político. A competência funcional é dada pelo cargo, a autoridade é pessoal, o homem público é gratificado por ela. É imantação misteriosa e sedutora, irresistível, temperada de respeito e admiração. (....)
10 - ORDEM - São Tomaz de Aquino disse que a ordem é as coisas no seu lugar. Para isso é preciso hierarquizar e selecionar. É a capacidade de escolher. Quem confunde as coisas, desconhece prioridades, não tem senso de ordem. O estadista discrimina o essencial e o urgente para praticá-los (....)

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Sem exageros


A homofobia é um crime e, como tal, deve ser duramente reprimido. Manifestações homofóbicas são atrasadas, retrógradas, medievais. Os que as apóiam, como o deputado Jair Bolsonaro, devem ser combatidos, criticados, censurados, punidos.
A opção sexual é uma escolha individual. O Estado não tem nada com isso. Deve apenas garantir os direitos individuais previstos na Constituição e regular as relações legais entre as pessoas. E a Igreja, qualquer que seja ela, também não tem nada com isso. Como o Estado é laico, pelo menos é o que diz a nossa Constituição, a opinião religiosa sobre as relações humanas deve ficar restrita aos cultos. Não deve ser levada em consideração nem pelo Executivo, nem pelo Legislativo, muito menos pelo Judiciário.
Mas, ao mesmo tempo, demonstrações públicas de homossexualismo não ajudam em nada a luta contra a discriminação. Pelo contrário. Acirram os ânimos e incitam reações violentas.
O "beijaço", promovido ontem na UnB, é um evidente exagero. E a foto, publicada hoje no Correio Braziliense, a prova desse exagero.
Não tenho nada contra homossexuais, mas ninguém precisa ficar expondo sua sexualidade na rua.
A foto do "beijaço" é quase tão inconveniente quanto as diatribes do deputado Bolsonaro.

Mudar pra que? Pra que mudar?

Se existe uma coisa que sempre deu certo em Brasília, independente dos governos, dos governadores e dos Secretários de Cultura, é o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, que este ano realiza sua 44ª edição. Mesmo nos piores tempos do governo Roriz, quando a Cultura era tratada com absoluto desdém e descaso, o Festival de Cinema dava certo, atraindo público e despertando a atenção da mídia e da crítica especializada. Agora, sabe-se lá porque, a Secretaria de Cultura resolveu promover mudanças diversas no Festival, desde a data da sua realização até a eliminação da obrigatoriedade de ineditismo dos filmes concorrentes ao cobiçado Troféu Candango. Não vou entrar no mérito das mudanças, até porque não sou especialista, nem em cinema, nem em festivais, mas que isso incomoda, incomoda. O ineditismo me parece ser uma coisa positiva, na medida em que desperta a atenção da mídia especializada e dá um sabor especial ao Festival. Permitir a participação de filmes que já se apresentaram em outras mostras não me parece uma boa medida, pois banaliza o evento.
Mas o que chama atenção nessa história é aquela velha prática de governantes de mudarem qualquer coisa das gestões anteriores, mesmo as que estavam dando certo, só pra dizer que mudaram, pra implantar a sua marca, a sua cara.
Não gosto disso. Parece mesquinharia e falta do que fazer. No caso do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro deveria valer aquela famosa máxima futebolística: em time que está ganhando, não se mexe!

terça-feira, 17 de maio de 2011

O último olé de Mané

Reproduzo aqui o brilhante texto de Fernando Faro, postado no Blog do Juca Kfouri sobre o vexame da não implosão das arquibancadas do Mané Garrincha. O texto é brilhante.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Já ouvi isso antes.

"O registro confidencial confirma que os guardas militares acomodaram sensibilidades religiosas muçulmanas, soando chamados para as orações cinco vezes ao dia, fornecendo refeições halal (elaboradas segundo os preceitos islâmicos) e só tocando nos livros do Alcorão com luvas - não os jogando na privada e dando descarga como falsamente afirmou uma revista americana. Não houve nenhuma política de maus tratos, muito menos tortura".
Essa frase é de um artigo do ex-secretário de Defesa dos Estados Unidos, no governo Bush, Donald Rumsfeld, publicado no Washington Post e reproduzido no Estadão de hoje. No artigo, Rumsfeld critica a divulgação de documentos sigilosos pelo site wikileaks, faz uma defesa apaixonada da prisão de Guantánamo e nega a existência de torturas, maus tratos e perseguições religiosas aos presos muçulmanos.
Pela frase de Rumsfeld, Guantánamo mais parece um spa e não uma das prisões mais tenebrosas do mundo.
O curioso é que a frase de Rumsfeld é muito parecida com declarações de generais brasileiros, na época da ditadura, negando as torturas nos DOI-CODIs da vida.
Realmente, eles são todos iguais....

Têm coisas que só acontecem em Brasília

A máxima, que já foi dos botafoguenses - "Tem coisas que só acontecem com o Botafogo", cai como uma luva para Brasília. Realmente têm coisas que só acontecem em Brasília. A última foi o vexame da implosão das arquibancadas do Mané Garrincha, que não aconteceu, depois de duas tentativas frustradas. Confesso que essa é a primeira vez que vejo uma implosão dar chabu. É muito amadorismo. É muita incompetência. E fica tudo por isso mesmo. Coisas da nossa provinciana capital.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Axé Raul de Xangô!



Hoje, 13 de maio, é aniversário de Raul de Xangô, um dos mais importantes e respeitados babalorixás brasileiros. Raul faz 81 anos de vida, com a energia, a disposição e a garra de um adolescente. Nascido em Natal, feito no santo no omolokô e no Opô Afonjá, pelas mãos de Mãe Ondina Valéria Pimentel, a Mãezinha, sucessora de Mãe Senhora, Raul de Xangô aportou em Brasília, no começo dos anos 60, para aqui fincar suas raízes e fundar a Tenda de Xangô Ayrá do Caboclo Itajacy, onde até hoje cultua os orixás, encantados e exus, joga tarô e búzios e presta assistência espiritual a todos os que lhe procuram. Raul de Xangô é, sem dúvida, um zelador de orixás especial. Homem dos templos e das ruas, poeta, escritor, bruxo, ator e, acima de tudo, um ser humano comprometido com a verdade, a justiça, a fraternidade, a igualdade e o bem-estar. Não foi à tôa que uma famosa yalorixá baiana disse, anos atrás, que Raul de Xangô é o babalorixá do Terceiro Milênio.
Parabéns, Raul. Okolofé, meu Pai!

Uma aula de jornalismo e de caráter

Meu amigo Hélio Doyle, diretor de redação da (meiaum), já havia chamado atenção em seu blog para o discurso do jornalista Luiz Cláudio Cunha na solenidade em que recebeu o título de notório saber em jornalismo na UnB. Tive o prazer de ler a íntegra do discurso. É leitura obrigatória para todo e qualquer jornalista. Do mais velho e calejado, ao mais jovem e inexperiente. Mas é leitura mais obrigatória ainda para aqueles jornalistas de trinta e poucos anos, que dominam a imprensa brasileira nos dias de hoje e que acham que sabem tudo, que podem tudo, que entendem de tudo. O discurso do LCC deveria ser obrigatório em toda escola de jornalismo do Brasil. Me orgulho te ter convivido com ele em várias redações dessa cidade e de ter sido chefiado por ele em algumas dessas redações. LCC é um exemplo para todos nós.
Leia a íntegra do discurso aqui.

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Farra municipalista

Todo ano é a mesma coisa. Brasília é invadida por milhares de prefeitos municipais durante uma semana, que veêm à capital federal pressionar governo e parlamentares na defesa dos interesses dos municípios brasileiros. O evento - Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios, organizado pela Confederação Nacional dos Municípios é importante, tem reivindicações justas, força política e representatividade. No entanto, o seu entorno faz de Brasília uma festa. Este ano, por exemplo, estão presentes cerca de 4 mil dos 5.564 prefeitos brasileiros. Ou seja, quase todos os prefeitos do país deixaram seus municípios para passar uma semana em Brasília. Os prefeitos raramente vêm sozinhos. Costumam vir acompanhados de assessores, secretários, secretárias, familiares, amigos, etc. Imaginem o que essa multidão não faz nas horas vagas na cidade. Bares, boates, restaurantes, cabarés e, principalmente, puteiros ficam lotados e eufóricos. As moças, então, fazem a festa. E viva o municipalismo!

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Ela desatinou



Nada contra a ministra da Cultura, Ana de Holanda. Até acho que ela é simpática e bem intencionada. Mas que ela está pisando na bola está. Até agora sua gestão tem sido marcada muito mais por polêmicas e confusões do que por realizações - rolos com direitos autorais, beneficiamento de amigos e parentes, diárias pagas irregularmente, etc. Ontem, depois de um encontro com artistas e produtores culturais, na Assembleia Legislativa de São Paulo, que questionavam sua gestão, dona Ana saiu escoltada pela PM para evitar o contato com os jornalistas. Exageros da imprensa e o fogo amigo petista que tem atingido a ministra à parte, o fato é que a gestão da irmã do Chico não tem honrado as tradições da família Buarque de Holanda. Como diz um samba famoso do irmão igualmente famoso, Ela desatinou! (clique no nome da música, para ouvir).

terça-feira, 10 de maio de 2011

Pagode Comunista do Brasil

O Globo de ontem informa que o sambista Neguinho da Beija-Flor vai se filiar ao Partido Comunista do Brasil, o PCdoB, para ser candidato a prefeito de Nilópolis nas eleições do ano que vem. Hoje, Neguinho disse ao site SRZD-Carnaval, que é super simpático ao partido e que a proposta dos comunistas foi muito boa. O intérprete oficial da Beija-Flor de Nilópolis vai se juntar a outros artistas, como Netinho de Paula, Martinho da Vila, Leci Brandão, Arlindo Cruz, Thobias da Vai-Vai e Eliana de Lima, também filiados ao partido.
Os partidos tidos como de esquerda têm adotado a prática de filiar artistas, jogadores de futebol, como Romário, no PSB, por exemplo, e celebridades em geral, na tentativa de aumentar seus votos e, com isso, ajudar a eleger militantes históricos, na carona dos votos dessas celebridades.
Alguns desses filiados até tem uma trajetória de esquerda, casos de Martinho da Vila e Leci Brandão, por exemplo, que justificam suas filiações. Outras, no entanto, como as de Netinho, Romário e, agora, Neguinho da Beija-Flor não fazem o menor sentido. São mesmo mero oportunismo eleitoral. Comunismo, socialismo, centralismo democrático, mais-valia e outros conceitos teóricos marxistas nunca fizeram parte do cotidiano dessa figuras.
O caso de Neguinho da Beija-Flor é mais complicado. Todo mundo sabe que ele é umbilicalmente ligado ao banqueiro do jogo de bicho, Anísio Abraão David, o manda-chuva da escola de samba de Nilópolis. A quem, aliás, chama de papai. Neguinho, candidato a prefeito de Nilópolis, certamente, terá apoio irrestrito, principalmente financeiro, de Anísio. O que significa que o PCdoB terá seus cofres abastecidos não mais pelo ouro de Pequim ou de Tirana, como se dizia na época da ditadura, mas sim pelo ouro da contravenção. Imaginem se Neguinho for eleito prefeito de Nilópolis o que, por sinal, é bem provável. Quem mandará mais na prefeitura: os dirigentes do PCdoB ou os imensos tentáculos da família Abraão David, que se espalham por toda Nilópolis?
Será que vale a pena?
Sei não. Exceto pela possibilidade de um pagode sensacional.
Se o velho João Amazonas não tivesse sido cremado e suas cinzas jogadas na região do Araguaia, onde vários militantes do PCdoB deram suas vidas na luta conta a ditadura, certamente estaria se revirando no túmulo.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Dia Internacional das Pessoas com Osteogenesis Imperfecta

Hoje é comemorado em todo o mundo o Wishbone Day – Dia Internacional das Pessoas com Osteogênesis Imperfecta. No Brasil, o Dia foi lembrado numa Audiência Pública na Assembléia Legislativa de São Paulo, iniciativa do deputado estadual Edinho Silva, do PT de São Paulo, com a participação de médicos, portadores da doença, familiares e representantes da ABOI – Associação Brasileira de Osteogênesis Imperfecta.
O Dia Internacional das Pessoas com Osteogênesis Imperfecta faz parte de um esforço mundial de sensibilização sobre essa doença rara. O tema desse ano é Celebrar a Vida.
A Osteogênesis Imperfecta,conhecida como Doença dos Ossos de Cristal é uma patologia que, segundo se sabe, existe desde a mais remota antigüidade. Foi encontrada, inclusive, uma múmia egípcia, portadora de Osteogênesis Imperfecta, datada do ano 1000 a.C.
Trata-se de uma patologia caracterizada pela fragilidade óssea. A Osteogênesis Imperfecta é classificada entre as patologias de origem genética e, portanto, hereditárias, do tecido conectivo. As várias formas de Osteogênesis Imperfecta apresentam grandes diferenças em relação à gravidade.
Ela pode acontecer na forma gravíssima, que causa a morte do bebê já dentro do útero materno, até formas muito leves, que se manifestam tardiamente, com uma pequena diminuição da resistência óssea.
A maior parte dos portadores de O.I, contudo, está situada entre estes os dois extremos: são em geral crianças de constituição física pequena, que sofrem fraturas espontâneas, normalmente não andam, têm a cabeça volumosa, inteligência normal ou superior à normal, vivazes e capazes de adaptar-se bastante bem às suas limitações.
A osteogeneses imperfecta é rara. Embora contestadas por especialistas, devido ao pouco conhecimento, inclusive dos médicos, e às dificuldades para diagnosticar os casos, as estatísticas oficiais indicam 1 doente a cada 20 mil nascidos vivos. Ou seja, 0,005% da população mundial. Por esses números, no Brasil teríamos cerca de 10 mil portadores.
A Associação Brasileira de Ostoegenesis Imperfecta (ABOI), que existe há mais de 10 anos, conseguiu a criação de Centros de Referência em OI nos hospitais públicos, mas ainda é pouco. É preciso que a rede pública de saúde assuma o tratamento da OI e crie uma rede de informações sobre a doença, que ainda não tem cura.

Isso sim que é chocolate



A imprensa esportiva é mesmo muito engraçada. Vive de escolher ídolos, heróis, protegidos. Um deles é o ex-técnico de futebol em atividade, Luiz Felipe Scolari, o Felipão, aquele mesmo que disse uma vez que o ditador chileno Augusto Pinochet era seu maior ídolo. A imprensa esportiva paulista sempre encheu a bola de Felipão, depois de sua volta praquele time de verde. Todo dia, comentaristas teciam loas e loas ao truculento treinador, prevendo mesmo que seu time seria campeão de tudo.
Pois bem, o tal time de verde foi eliminado do Campeonato Paulista, Felipão foi expulso de campo e ontem o seu timinho tomou uma goleada histórica do poderoso Coritiba.
E agora, colunistas de ocasião?

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Acabou a patriotada



A noite de ontem foi trágica para o futebol brasileiro e, principalmente, para os ufanistas jornalistas esportivos, notadamente os de rádio e televisão, que cunharam a falsa frase - "O Santos é o Brasil na Libertadores", e costumam torcer descaradamente para os times brasileiros, quando deveriam conter o ufanismo e reportar o que estão vendo em campo. A frase é mentirosa. Jamais para um flamenguista, o Vasco será o Brasil na Libertadores, como nunca um corinthiano vai achar que o Palmeiras é o Brasil na Libertadores. O Brasil é a seleção brasileira. O Fluminense, o Inter, o Grêmio, o Cruzeiro, o Santos, enfim, qualquer time brasileiro na Libertadores será única e exclusivamente esse time.
Pois bem, ontem, quatro dos cinco times brasileiros foram eliminados da Libertadores, dois deles - Cruzeiro e Inter - de forma ridícula e melancólica, perdendo em casa; e outros dois - Grêmio e Fluminense, de forma esperada, perdendo seus jogos fora da casa. Só sobrou o Santos, time da Baixada Santista, e mesmo assim por pura sorte, pois levou um sufoco dos mexicanos e só escapou graças aos milagres do goleirinho Rafael.
A vergonha foi maior ainda com a criminosa cotovelada do técnico Cuca, do Cruzeiro, no colombiano Renteria, jogador do Once Caldas. Cuca deve ser rigorosamente punido e ficar fora do futebol por um bom tempo. Otário!
Pois é, amigos, o sonho ufanista acabou, melancolicamente.

Eu falei primeiro

Os jornais de hoje publicam que o Comitê de Assuntos Indígenas do Senado norte-americano programou para hoje uma audiência para protestar contra o uso do nome Gerônimo, um histórico chefe da nação apache, para identificar Osama Bin Laden na operação que matou o líder da Al Qaeda. A assessora-chefe do comitê, Loretta Tuell, disse que a associação entre o nome de um grande herói ameríndio e o mais odiado inimigo dos Estados Unidos é um exemplo do emprego impróprio de ícones da cultura indígena "com consequências devastadoras sobre o espírito das crianças, indígenas ou não". Já o presidente do Congresso Nacional dos Índios Americanos, Jefferson Keel, associar um guerreiro índio a Bin Laden não é uma atitude justa para com a história.
Jânio de Freitas, em sua pensata na Folha de São Paulo de hoje, também trata do assunto. Ele diz que Gerônimo, "não é nome de brancos nem de negros americanos, em tempo algum. É nome indígena. Foi o nome de um dos mais ou o mais bravo chefe a resistir, e vencer muitas vezes, às tropas que conquistavam terras da América do Norte para os colonizadores com o genocídio dos habitantes originais. Gerônimo foi transformado em objeto de ódio branco que lhe deu lugar destacado na história das guerras dos Estados Unidos listadas pelo Departamento de Defesa". E conclui: "Chamar Bin Laden de Gerônimo foi injustiça com o dono autêntico do nome".
Até que enfim, alguém nos Estados Unidos, e também na imprensa brasileira, reclama contra esse absurdo. Eu, aqui nesse Baralho a 4, levantei essa bandeira logo no primeiro dia. Chamar Bin Laden de Gerônimo é uma ofensa à memória dos indígenas norte-americanos. Um absurdo.
Mas bem com a cara da arrogância e da prepotência norte-americanas.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Espionagem no facebook?

Em tempos de operações secretas da CIA e dos Seals, tropa de elite dos fuzileiros navais americanos, vale a pena ler o post no blog do Luiz Nassif, reproduzindo entrevista do fundador do Wikileaks, Julian Assange, ao Russian Today. Na entrevista, entre outras coisas, ele diz que o Facebook é a “mais espantosa máquina de espionagem já inventada”. "Nas redes sociais temos a base de dados mais ampla sobre os cidadãos, suas relações, o nome de seus contatos, seus endereços, as mensagens que trocam com outras pessoas e isso tudo é alojado nos EUA, acessível aos seus serviços de inteligência", disse ele.
Pode ser meio fantasioso, mas que é intrigante, é.
Por falar nisso, cadê a foto do Osama morto? Ele estava armado ou não estava? Cadê o video da operação que o Obama assistiu ao vivo e on line? Os EUA vão responder às indagações da ONU?
Cada dia que passa, a Casa Branca se enrola mais nas contradições da operação.
Agora, que isso vai render um monte de filmes de ação, tipo 24 Horas, isso vai.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Uma foto reveladora


Vejam bem a foto divulgada pela Casa Branca, de Barack Obama assistindo ao vivo, na Sala de Situação, a operação que matou Osama Bin Laden, no domingo. Três coisas chamam a atenção: a posição secundária em que Obama está sentado na sala, não na cadeira principal, na cabeceira da mesa, onde está um general graduado, e que, em tese, deveria ser ocupada por ele, mas num banquinho ao lado; um documento em cima da mesa que foi descaracterizado; e a cara de espanto da Secretária de Estado, Hillary Clinton. Pela cara de Hillary imagina-se a violência da cena que estavam vendo.

Desrespeito à memória dos indígenas norte-americanos


Chamar a operação que resultou na morte de Osama Bin Laden de Operação Geronimo mostra bem o que pensa a elite branca norte-americana. Gerônimo foi um importante líder indígena da América do Norte, comandando os apaches chiricahua que, durante muitos anos, guerrearam contra a imposição pelos brancos de reservas tribais aos povos indígenas dos Estados Unidos da América. Gerônimo tornou-se o mais famoso dos chamados "índios renegados". Resistiu heroicamente, mas se rendeu ao ter uma visão de um trem passando em suas terras. Foi preso e passou 22 anos prisioneiro, até a data de sua morte. Chamar Bin Laden de Geronimo é uma afronta à memória dos povos indígenas norte-americanos que, aliás, foram impiedosamente massacrados pelo exército dos Estados Unidos. Cá entre nós, esse nome foi uma gafe e não pegou bem para o presidente Barack Obama, um afro-descendente. Se Osama é Geronimo, Obama pode ser o General Custer, que entrou para a história como o maior matador de índios dos Estados Unidos.

domingo, 1 de maio de 2011

Bambis jogaram desfalcados



Pena que os bambis jogaram, sábado, naquele lugar de shows, sem a Shakira, o Iron Maiden e o U2, e foram eliminados. Ganhar deles na final sempre é mais gostoso. Mas, paciência, que venham as sardinhas mesmo. Vai Corinthians!!!!!!!!!!