sexta-feira, 2 de setembro de 2011

É a economia, idiota!

Realmente fica cada vez mais difícil entender o comportamento da grande imprensa, especialmente de alguns colunistas carimbados, como Miriam Leitão e Carlos Alberto Sardenberg, de O Globo. Historicamente todo mundo sempre defendeu a queda das taxas de juro no Brasil. Sempre que o Copom aumentava a Selic era aquela chiadeira, a começar pela Fiesp. Os jornalistas especializados, então, batiam pesado. Esta semana, no entanto, o Copom baixou a taxa Selic em 0,50 pontos percentuais e, pasmem, a imprensa caiu de pau. Não só a imprensa, mas também os tais analistas de mercado e de consultorias econômicas. Como não podem criticar a queda dos juros, coisa que 11 entre 10 brasileiros deseja, os coleguinhas partiram para uma saída política, dizendo que a decisão do Copom representava o fim da independência do Banco Central. Só porque, dias antes, a presidenta Dilma deu uma declaração dizendo que as taxas de juros precisam começar a cair. O Copom, dentro dos seus critérios técnicos, e contrariando todas as expectativas dos colunistas de economia e dos analistas das consultorias privadas, baixou os juros. Foi um Deus no acuda. Paulada pra todo lado, começando por Miriam Leitão, a dama de ferro da tucanagem, e por Sardenberg, outro grão-duque tucano. Na verdade, a raiva deles tem uma explicação. Baixando os juros, o Copom tirou mais uma bandeira da oposição que, aliás, foi obrigada a elogiar a decisão. Já os colunistas de  economia, contrariados,espernearam, decretando que a decisão era o fim da independência do Banco Central.
Que bobagem! Baixar os juros não tem nada a ver com a independência do Banco Central, nem com interferência política do governo. O Copom age com base em análises econômicas que nem sempre são as mesmas dos especuladores, do mercado e dos colunistas econômicos.
Como já disse Bill Clinton, "é a economia, idiota".

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