quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Governo quer proibir comercial com Gisele Bundchen

A Secretaria de Políticas para  Mulheres do governo Dilma quer proibir um comercial de lingerie, estrelado pela modelo Gisele Bundchen, alegando que a peça publicitária é sexista e reforça o estereótipo da mulher como objeto sexual de seu marido. Só porque o comercial mostra a modelo dando uma notícia ao marido em duas situações - uma vestida normalmente, outra vestida apenas de calcinha e soutien, com voz sensual. O comercial até pode enfatizar a sensualidade de Gisele Bundchen, mas daí a ser um desrespeito às mulheres, é um evidente exagero. Ou mau humor.

Será que o governo não tem coisa mais importante para se preocupar? Que tal, a roubalheira do Ministério do Turismo? Ou quem sabe, a menina que ficou presa com homens no Pará?

3 comentários:

  1. CONCORDO TANTAS COISAS PARA SE PREOCUPAR COM A SAUDE POR EXEMPRO

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  2. Não sei o que é pior, se o comercial da Giselle ou o sempiterno mito, da mulher vítima. Aquela cujo marido chega em casa, e na falta de um cachorro vivo ou morto para chutar, parte pra cima da santa.
    Sabemos que não é assim.Mulheres também são violentas e também preconceituosas. Dona Beja não permitia negros em seus saraus pré-leito.E aí a gente entra numa lista de figuras como Teodora de Bizâncio, Messalina, Popéia,Betsabá,Catarina de Médicis,Elizabeth a Rainha Virgem(que mandou decapitar a própria irmã),Carlota Joaquina, a fera da Penha.'Péra aí deixa eu lembrar...Joan Crawford a "Mamãezinha Querida" que descontava suas frustrações metendo o couro nos filhos.Xantipa, mulher de Sócrates!
    Outra amostra.Transcrevendo parte:
    "O caso da Torre de Nesle foi um escândalo de adultério perpetrado por duas princesas francesas, Margarida de Borgonha e Branca de Borgonha, respectivamente esposas dos futuros reis Luís X de França e Carlos IV de França.

    Também é uma lenda do século XV, provavelmente baseada no acontecimento do reinado de Filipe o Belo, em que uma rainha de França, depois de se deitar com os seus amantes, os lançava ao rio Sena." Mais detalhes em (http://pt.wikipedia.org/wiki/Caso_da_Torre_de_Nesle )
    Também é bom conferir a biografia de Betty Friedan na Wikipedia. Uma pobre e infeliz (http://en.wikipedia.org/wiki/Betty_Friedan )
    Trecho:
    The New York Times obituary for Friedan noted that she was "famously abrasive" and that she could be "thin-skinned and imperious, subject to screaming fits of temperament." And in February 2006, shortly after Friedan's death, the feminist writer Germaine Greer published an article in The Guardian,[47] in which she described Friedan as pompous and egotistic, somewhat demanding, and sometimes selfish, as evidenced by repeated incidents during a tour of Iran in 1972.[48]

    The truth is that I've always been a bad-tempered bitch. Some people say that I have mellowed some. I don't know. . . .

    — Betty Friedan, Life So Far


    Mas melhor ainda é lembrar Fausto Fawcett
    "Meu nome é Kátia Flávia, Godiva do Irajá, me escondi aqui em
    Copa
    Alô, polícia!
    Eu tô usando
    Um Exocet - Calcinha!
    Um Exocet - Calcinha!
    Alô, polícia!"

    http://letras.terra.com.br/fausto-fawcett/397632/

    "Prende ele" também,

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  3. Faltava perguntar a algumas mulheres que já sofreram violência por conta de terem quebrado alguma coisa "do marido", né Moa? Ou as que se viram culpabizadas pelo fim de suas relações porque não se ärrumavam"o suficiente, e por aí vai. Eu sou mega bem humorada e achei o comercial um absurdo. Não porque "explore"a sensualidade de Gisele Bundchen. A sensualidade dela é muito bem paga. Mas porque reforça esteriótipos de gênero que não são apenas ïdéias"velhas, mas que ainda, infelizmente, têm consequeências reais e materiais para muitas mulheres. Tenho dúvidas sobre se é um caso de intervenção governamental e lamento que tenha sido, porque foi desviado o foco do problema. Ao invés de problematizar o anúncio, ficou-se problematizando a ação do governo.

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