quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Neymala é marajá


Essa foto da primeira página da Folha de São Paulo de hoje mostra a vida boa que o garoto Neymala está levando por conta da idolatria da imprensa esportiva brasileira que o transformou, na minha opinião precocemente, num gênio da bola, no novo Pelé. Tudo bem que o menino marrento é bom de bola. Tem jogado muito e feito gols em cima de gols. Mas daí a dizer que ele é o novo Pelé, o exagero é evidente. Ainda acho muito cedo pra cravar esse palpite. Já tentaram fazer o mesmo com Robinho, com Diego, com Keirrison, o do drible da foca, lembram?, e até mesmo com Denilson. Todos eles, hoje, depois de passagens pelo futebol europeu, amargam a triste realidade de jogadores normais, talvez acima da média, mas nada que os comparem, como já foram comparados quando surgiram, com o novo Pelé. Neymar é um desses casos. Ainda precisa comer muito feijão com arroz e jogar muita bola com regularidade por várias temporadas até chegar perto de ser comparado com Pelé, com Maradona, com Messi. Por enquanto, é só torcida e exagero ufanista da nossa imprensa esportiva.
Mas a foto da primeira página da Folha revela outra distorção do futebol brasileiro. Neymala, um menino, em pleno dia de semana, exibindo-se num iate em Santos ao lado de belas e arteiras garotas, em busca de fama, barriga e, é claro, robustas pensões alimentícias. O Santos anunciou ontem que vai manter Neymala no time e no Brasil até a Copa de 2014 e que seu salário deve chegar aos R$ 2 milhões mensais. Outro evidente e perigoso exagero. Um menino de apenas 19 anos, por melhor que seja em sua atividade, ganhar esse salário não pode fazer bem para sua cabeça. Esse rapaz já mostrou que tem uma cabecinha de vento. Com esse dinheirão todo, sem ter que se preocupar com o futuro, o garoto marrento vai ficar mais marrento ainda e, certamente, será um poço de problemas.
Não sou daqueles que se entusiasmam com isso.
Tenho uma suspeita de que tudo isso não vai acabar bem. Exceto pra conta bancária do Neymala e de sua família.




segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Não se fazem mais locutores esportivos como antigamente

Ontem, sabe-se lá por quê, o sinal dos canais pay per view da Net caiu no fim do primeiro tempo do jogo do Corinthians contra o América-MG, o que me obrigou, desesperado, a ouvir todo o segundo tempo pelo rádio. Quer dizer, a tentar ouvir. É inacreditável a má qualidade das locuções esportivas de hoje em dia. Primeiro, fui para a CBN São Paulo, onde Deva Pascovicci falava de tudo, menos do jogo. Irritado, mudei para a Bandeirantes SP e foi a mesma decepção. José Silvério, que até é um locutor das antigas, tinha a mesma toada. Falava de tudo, conversava, fazia um merchan atrás do outro e o jogo mesmo que é bom nada. Ou quase nada. Parecia que a bola não estava rolando. Inacreditável. Não sabia que a qualidade das transmissões esportivas no rádio brasileiro estava tão ruim assim, tão lotada de merchans e comerciais, de falações absurdas, bobas e equivocadas. Senti saudades dos bons tempos de Fiori Giglioti e do inesquecível Osmar Santos. Do abrem-se as cortinas e começa o espetáculo ou do pimba na gorduchinha, ripa na chulipa. Com eles, o jogo tinha vida e não parava nunca. Bons tempos, aqueles....

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Polícia é polícia.......

Os jornais de hoje destacam as mudanças na cúpula da Polícia Civil, com a nomeação de um novo Diretor-Geral, o delegado Onofre de Moraes e a mudança de vários diretores e delegados da estrutura da Polícia Civil. Chama a atenção o fato dessas mudanças terem sido feitas dias depois do vazamento de um áudio de uma conversa entre o então diretor da Anvisa, Agnelo Queiroz, e o policial João Dias, que denunciou as irregularidades cometidas no Programa Segundo Tempo, quando o hoje governador do DF era ministro, e causou a queda do seu sucessor naquele órgão, Orlando Silva. O áudio que veio à tôna não diz nada, absolutamente nada sobre as denúncias e é totalmente inofensivo para o governador Agnelo. Se as mudanças na cúpula da Polícia Civil foram uma retaliação à esse vazamento, não passa de uma bobagem.
Na verdade o que deve se discutir nesse episódio é outra coisa. O que está em questão é a hierarquia, a disciplina e o comando nas polícias. Polícia sem hierarquia e sem comando não é polícia, é bando armado. Além disso, a politização das polícias no DF é uma tendência preocupante. Vários delegados, agentes, oficiais entraram para a política, foram candidatos a deputado, alguns elegeram-se, outros não. Até aí, tudo  bem. É direito de qualquer cidadão brasileiro, votar e ser votado. O que não pode acontecer é as forças de segurança virarem moeda de troca no xadrez político brasiliense, é parlamentares policiais acharem que mandam nas corporações mais do que seus comandantes, estimularem o loteamento político dos cargos de direção das polícias ou, pior e mais grave ainda, usar as corporações a serviço desse ou daquele grupo político, para o bem, ou para o mal. Coisa, aliás, que tem acontecido com frequência em Brasília há muitos anos e vários governos.
Isso precisa acabar. Polícia é polícia e ponto final. Em qualquer governo, de qualquer partido.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Faltaram duas coisas....

Meu amigo Hélio Doyle disse em seu blog que o ex-presidente Lula, até junho de 2014, vai vencer o câncer, emplacar o ministro Fernando Haddad como candidato do PT à prefeitura de São Paulo, participar da campanha eleitoral em 2012 e assistir ao jogo de abertura da Copa no estádio do Corinthians.
Amigo, faltaram duas coisas importantes que Lula vai fazer, uma, ainda este ano, e que vai acontecer daqui há 6 semanas: comemorar o título de penta campeão brasileiro conquistado pelo Corinthians. Outra, em fevereiro do ano que vem: desfilar na Gaviões da Fiel no Carnaval de São Paulo, que tem o tema-enredo "Verás que o filho fiel não foge à luta - Lula, o retrato de uma Nação".