quarta-feira, 18 de maio de 2011

Mudar pra que? Pra que mudar?

Se existe uma coisa que sempre deu certo em Brasília, independente dos governos, dos governadores e dos Secretários de Cultura, é o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, que este ano realiza sua 44ª edição. Mesmo nos piores tempos do governo Roriz, quando a Cultura era tratada com absoluto desdém e descaso, o Festival de Cinema dava certo, atraindo público e despertando a atenção da mídia e da crítica especializada. Agora, sabe-se lá porque, a Secretaria de Cultura resolveu promover mudanças diversas no Festival, desde a data da sua realização até a eliminação da obrigatoriedade de ineditismo dos filmes concorrentes ao cobiçado Troféu Candango. Não vou entrar no mérito das mudanças, até porque não sou especialista, nem em cinema, nem em festivais, mas que isso incomoda, incomoda. O ineditismo me parece ser uma coisa positiva, na medida em que desperta a atenção da mídia especializada e dá um sabor especial ao Festival. Permitir a participação de filmes que já se apresentaram em outras mostras não me parece uma boa medida, pois banaliza o evento.
Mas o que chama atenção nessa história é aquela velha prática de governantes de mudarem qualquer coisa das gestões anteriores, mesmo as que estavam dando certo, só pra dizer que mudaram, pra implantar a sua marca, a sua cara.
Não gosto disso. Parece mesquinharia e falta do que fazer. No caso do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro deveria valer aquela famosa máxima futebolística: em time que está ganhando, não se mexe!

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