Quem foi ontem ao Teatro da Caixa assistir ao show Monarco - 50 anos de samba recebeu uma dose precisa e salvadora de samba na veia. Samba de raiz, em estado puro. Durante 1 hora e meia, o mestre Monarco, acompanhado por Guará, no violão; Serginho Procópio, no cavaco; Timbira, no surdo; e Marquinho, no pandeiro, todos músicos da Velha Guarda da Portela, impecavelmente vestidos de terno de linho branco e chapéu panamá, contou histórias e cantou jóias raras do samba portelense, com destaque, é claro, para as suas próprias obras. Além dos compositores portelenses, Monarco abriu duas exceções, como sempre faz: Cartola e Silas de Oliveira. E uma novidade: uma homenagem a Didi, da União da Ilha, afilhada da Portela, autor de sambas-enredos que empolgaram a Sapucaí, como o antológico "É hoje". E mostrou porque é o maior sambista brasileiro vivo e em atividade, aos 77 anos de idade. No programa do show, uma frase de Monarco sintetiza o que estava presente no palco: "O samba de qualidade não anda dando sopa por aí. Só faz quem tem mesmo aquela veia de inspiração". E isso ele tem de sobra.
Quem não foi perdeu.
Hoje tem mais, mas os ingressos estão esgotados.
Azar de quem perdeu.
Show de altissima qualidade!
ResponderExcluirAte quem não era portelense ficou admirado!