quinta-feira, 29 de março de 2012

Mangueira teu cenário é uma beleza?

Será mesmo que os versos do Hino da Mangueira continuam atuais?
A Mangueira, sempre amparada num poderoso esquema de marketing e mídia, vendeu a imagem de ser uma escola pura, uma vestal do samba, uma espécie de Demóstenes Torres do samba, onde os banqueiros do jogo do bicho não entravam e não mandavam. Uma escola sem patronos. Uma escola onde quem dava as cartas era a comunidade.
Será que é assim mesmo?
Sem querer criar polêmica, e já criando, quem vive de perto o chamado Mundo do Samba sabe que não é bem assim.
A Mangueira realmente não tem bicheiros. Mas tem sim uma forte influência dos traficantes do Morro da Mangueira na sua gestão.
Os que vivem de perto o Mundo do Samba sabem de inúmeros episódios onde o tráfico de drogas teria dado as cartas  em importantes decisões da Estação Primeira de Mangueira.
Agora, mais um episódio torna pública essa relação promíscua e perigosa.
Na tarde de ontem, a quadra da Mangueira  foi invadida por um grupo de traficantes armados na hora em que quatro advogados que compunham a comissão eleitoral analisavam a legalidade da inscrição das chapas inscritas na eleição presidencial da Verde e Rosa, prevista para acontecer no dia 28 de abril. Os traficantes expulsaram os advogados, roubaram todos os livros contendo as atas eleitorais da escola,  exigiram a saída de Ivo Meirelles da presidência e o retorno de um carnavalesco campeão para a verde e rosa.
O episódio só confirma uma coisa que muita gente está careca de saber: o tráfico de drogas tem muita força e poder na gestão da Estação Primeira de Mangueira.
Caiu a máscara de vestal do samba.
Triste Mangueira!

Um comentário: