terça-feira, 17 de abril de 2012

CQC não é jornalismo. É humorismo.

As palhaçadas dos "humoristas" estão passando dos limites e ontem criaram mais um constrangimento em Brasília. Credenciado para acompanhar o encontro de  Hillary Clinton com o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, o repórter do “CQC” Mauricio Meirelles provocou a fúria dos jornalistas ao final da entrevista, ao se levantar e oferecer uma máscara de Carnaval à secretária de Estado americano.
O encontro estava sendo transmitido ao vivo pela Globo News quando ocorreu o incidente. Meirelles já havia causado irritação ao gritar “I love you, Hillary” enquanto cinegrafistas registravam, dentro do Itamaraty, a chegada da secretária.
Hillary e Patriota, deixando o local, ouviram espantados parte da troca de ofensas entre a equipe do “CQC” e jornalistas que se sentiram prejudicados pela intervenção de Meirelles. Houve até quem gritasse: “Isto não é palhaçada! O que a imprensa do resto do mundo vai dizer do Brasil?”
Em seu Twitter, Meirelles contou: “Um dos jornalistas me chamou pra porrada e ameaçou meu produtor. Foi onde tudo começou”. Quem estava perto ouviu o repórter do “CQC” responder: “Vamos lá fora então”.
Havia cerca de 100 jornalistas presentes na entrevista. Segundo o repórter Mauricio Savarese, do UOL, Claudia Bomtempo, da Rede Globo, disse aos colegas que fez “uma reclamação formal” contra Meirelles junto à assessoria do Itamaraty.
Essas palhaçadas do pessoal do CQC já passaram dos limites. É preciso dar uma basta nisso e deixa claro uma coisa: o CQC não é um programa jornalístico. É um programa humorístico e de qualidade duvidosa, na maioria das vezes. Portanto, só há uma solução para evitar novos vexames: não credenciar o CQC para coberturas jornalísticas.
Jornalismo é uma coisa. Humor, show e besteirol são outra completamente diferente.
Cada um na sua praia e ponto final.

3 comentários:

  1. Certíssimo, Moa. Essa mistura desvirtua o jornalismo e propicia uma péssima imagem do país. É preciso separar as coisas e os responsáveis por credenciais devem ter mais cuidado ao concedê-las.

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  2. Prezado Moa,
    Visito seu blog hoje pela primeira vez. Li uns quatro "posts". Voltarei sempre, se não houver outra desculpa, em homenagem à Portela. Grande abraço,
    Orlando Cariello

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  3. Até aonde vão fingir que no CQC existe jornalismo ?

    Não deve existir um programa no Brasil que se use de tantos cortes e edições e como podem se referir de jornalista ?

    http://www.midiasemmascara.org/mediawatch/outros/14672-o-cqc-e-seu-jornalismo-circense.html

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